Cheguei a uma prévia conclusão :-P
A melhor e pior pretensão do ser humano é querer juntar as histórias e fazer uma só.
...como um guri que pedala lomba abaixo mais atento ao vento no rosto do que aos obstáculos da via...talvez a sorte lhe ensine a ter cuidado.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Quinta de 7

...não tive até o momento (a sorte?!) nem o talento contidos no bom senso das decisões que proporcionaram a ela fama, dinheiro e influência...
Hoje, em cartaz:
Bom senso: o cúmplice da sabedoria.
Esta virtude poderia vir para fechar com chave de ouro o tratado porque abrange todas as outras virtudes ou está contido nelas como ponto de partida ou chegada. Porém, como ainda faltam 2, ela vem pra dar graça à desordem, se antecipando, em destaque.
Pois bem, o bom senso!
"Aprender a ser moderado é a essência do bom senso e da verdadeira sabedoria. No entanto o homem consegue descobrir processos e desenvolver métodos de fuga à moderação." (Alfred Armand Montapert).
Algumas pessoas nascem moderadas; outras tornam-se após experimentar extremos e ainda, outras nunca virão a ser.
Xiii, nem sei se posso fazer essa ligação entre bom senso e moderação. Moderar é ter uma medida que talvez seja limitada demais em uma situação onde o bom senso manda "exagerar".
Duas considerações importantes:
-Vou usar um pouco do bom senso que tenho: Bom senso é sempre uma avaliação pessoal.
-Os únicos conceitos que eu considero ter fundamental ligação com o bom senso são: a Autonomia e o Pragmatismo.
Mas podemos arriscar alguns equívocos...
Bom senso pode ser definido como a forma de "filosofar" espontânea do homem comum, também chamada de "filosofia de vida", que supõe certa capacidade de organização e independência de quem analisa a experiência de vida cotidiana. É a escolha de alguns critérios para decidir sobre os problemas e dúvidas encontrados. Criteriosidade, porém, pouco rigorosa. Mesmo não tendo acesso à filosofia e à ciência, alguns homens são capazes de desenvolver um senso crítico, uma sabedoria de vida, por meio da qual podem assumir uma postura de certa independência em relação à avalanche de informações e pressões ideológicas que os cercam a todo instante.
O bom senso possibilita avaliar, com certo grau de crítica, o transcorrer dos fatos e a maneira vulgar de pensar.
Refere-se ao ato de raciocinar o abstrato contido no comportamento humano visando um equilíbrio (juízo claro, prudência, etc).
Einstein nos disse que Deus não joga dados com o Universo. Então, considerando essa quase afirmação, sabemos que o acaso não existe, que a sorte não está lançada e que precisaremos do bom senso para traçar um caminho de realizações. E sabe, por mais que as teorias desse ser, que tanto contribuiu com a humanidade, sejam complexas, parece provável que ele revelasse a não-fórmula ideal da essência humana: sensibilidade e simplicidade.
**Pra quem tem tempo e interesse, existe um blog(psychodynamics) muito interessante sobre psicanálise. Tem algumas idéias sobre bom senso.
Assim, o "humanismo", neste contexto, não tem nada que ver com o amor, mas sim com a liberdade de espírito, com o alimento da mente e não dos corações. E muito menos a ver com a "caridade" católica, que quanto a mim é apenas uma forma de perpetuar as injustiças e abusos sociais artificiais e produzidos pelas tiranias, aliviando um pouco a culpa.
Ai, lá vou eu com as misturas audaciosas...rsrs.
Quanto à crítica da "caridade católica" Nitschze argumentou muito bem na sua grande obra "O Anti-Cristo" e o Papa tem de comer ainda muito bacalhau filosófico e literário para as refutar. Vale acrescentar o preâmbulo da carta dos direitos humanos, a qual considero a forma publicada em senso comum e bom senso do que considero a "humanidade" e o homem comum:
[...] um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do homem comum [...]
Fácil falar...Fácil escrever...
Difícil é equilibrar a ação e o senso em direção ao melhor.
Até as perguntas(ou as galinhas) evoluem.
sábado, 15 de novembro de 2008
Sou um pedaço de tudo...
Um inteiro no infinito;
O pirulito colorido e a goma ácida da laranja verde;
A luz da lanterna no escuro e o tom desbotado, causado pelo Sol, na camisa velha;
A música de melodia suave e o som de um temporal que se aproxima;
As mãos de uma dançarina de flamenco e os pés de uma bailarina;
O choro, a lágrima, a gargalhada e o riso;
Tudo numa harmonia desequilibrada...
Desinteressada nos porquês...
Vivendo apenas o quê
Tudo em pedaços inteiros.
Um inteiro no infinito;
O pirulito colorido e a goma ácida da laranja verde;
A luz da lanterna no escuro e o tom desbotado, causado pelo Sol, na camisa velha;
A música de melodia suave e o som de um temporal que se aproxima;
As mãos de uma dançarina de flamenco e os pés de uma bailarina;
O choro, a lágrima, a gargalhada e o riso;
Tudo numa harmonia desequilibrada...
Desinteressada nos porquês...
Vivendo apenas o quê
Tudo em pedaços inteiros.

Eu
Tradução: The Story
Interessante melodia, letra também.
Vale colocar aqui.
Composição: Brandi Carlile
Essas Histórias
Todas essas linhas que contornam minha face.
Contam a história de quem eu sou.
Tantas histórias sobre onde eu estive.
E como eu cheguei onde estou.
Mas essas histórias não significam nada.
Quando você não tem ninguém para quem contá-las.
É verdade... Eu fui feita para você.
Eu escalei os topos das montanhas
Nadei através de todo o oceano azul
Atravessei todas as linhas e quebrei todas as regras
Mas querido, eu as quebrei todas por você
Porque mesmo quando eu estava destroçada
Você me fez sentir como um milhão de dolares
Você faz ,eu fui feita para você.
Você vê o sorriso que está na minha boca
Ele está escondendo as palavras que não saem.
E todos os meus amigos que me acham abençoada.
Eles não sabem que minha cabeça é uma confusão.
Não, eles não sabem quem eu sou de verdade.
E eles não sabem aquilo por que eu passei como você sabe.
E eu fui feita para você.
Todas essas linhas que contornam minha face.
Contam a história de quem eu sou.
Tantas histórias sobre onde eu estive.
E como eu cheguei onde estou.
Mas essas histórias não significam nada.
Quando você não tem ninguém para quem contá-las.
É verdade... Eu fui feita para você.
Vale colocar aqui.
Composição: Brandi Carlile
Essas Histórias
Todas essas linhas que contornam minha face.
Contam a história de quem eu sou.
Tantas histórias sobre onde eu estive.
E como eu cheguei onde estou.
Mas essas histórias não significam nada.
Quando você não tem ninguém para quem contá-las.
É verdade... Eu fui feita para você.
Eu escalei os topos das montanhas
Nadei através de todo o oceano azul
Atravessei todas as linhas e quebrei todas as regras
Mas querido, eu as quebrei todas por você
Porque mesmo quando eu estava destroçada
Você me fez sentir como um milhão de dolares
Você faz ,eu fui feita para você.
Você vê o sorriso que está na minha boca
Ele está escondendo as palavras que não saem.
E todos os meus amigos que me acham abençoada.
Eles não sabem que minha cabeça é uma confusão.
Não, eles não sabem quem eu sou de verdade.
E eles não sabem aquilo por que eu passei como você sabe.
E eu fui feita para você.
Todas essas linhas que contornam minha face.
Contam a história de quem eu sou.
Tantas histórias sobre onde eu estive.
E como eu cheguei onde estou.
Mas essas histórias não significam nada.
Quando você não tem ninguém para quem contá-las.
É verdade... Eu fui feita para você.
domingo, 2 de novembro de 2008
Quarta de 7
Variância...A virtude dos desviantes.
Roubei um termo utilizado na matemática para descrever uma virtude contextualizada sob as incertezas da vida.
Alguns a chamariam de flexibilidade, o que simplificaria toda essa "viagem" em que analiso a consciência individual e coletiva da diferença. Justamente porque pretendo ir além do conceito de flexibilidade que utilizo o termo Variância.
O caráter personalizado deste espaço virtual me confere a liberdade de arriscar reflexões livres que surgem de uma imaginação estimulada pelas percepções de um mundo inter e intrapessoal que é moldado e molda o sentido dado à existência com o passar do tempo e das experiências vivenciadas.
Na teoria da probabilidade e na estatística, a variância de uma variável aleatória é uma medida da sua dispersão estatística, indicando quão longe em geral os seus valores se encontram do valor esperado. Por essas e por outras que eu adoro português, filosofia, psicologia!!(rsrs) Transporto o sentido conceitual da palavra em questão das exatas para uma virtude humana neste tratado, podendo causar a impressão de que quero inventar moda, como se nada de mais importante tivesse pra fazer. Todavia, me apoio em ideais transdisciplinares em que nossa exploração evolui para o abandono da fragmentação das áreas do conhecimento onde retornamos ao ponto de origem juntando tudo que separamos ao longo da caminhada evolutiva. O que me motiva a escrever sobre a "variância" é a dúvida quanto ao nome que podemos dar àquela postura admirável que algumas pessoas demonstram manter mesmo sendo "moldadas" para se adaptar a um sistema social somado à imprevisibilidade do próprio destino.
É admirável reconhecer em alguém essa disponibilidade de aceitação consciente da inconstância.
Perceber que é natural ressaltar os aspectos positivos de um resultado não esperado, ou melhor, nem mesmo esperar por um resultado, mas sim focar-se no processo de mudança.
Considerar o improvável, o novo, ou seja, se despreender da projeção pré-determinada atuante ou resultante de uma ação comportamental poderia, dentro desse tratado, ser considerada uma virtude.
Tronca, em Trandisciplinaridade em Edgar Morin, afirma que a dialógica cultural supõe multiplas idéias, informações, opiniões, teorias em intercâmbio contínuo. compreende também concorrência, antagonismo e conflito. Esses conflitos necessitam ser controlados por uma regra que evite excessos. Em uma sociedade muito complexa, isto é, policultural, quando um mesmo indivíduo experimenta inúmeras influências(familiar, política, religiosa, étnica), estabelece-se dentro do próprio indivíduo a diologicidade.
Variância lembra desvio e possibilidades.
Considerar o improvável, o novo, ou seja, se despreender da projeção pré-determinada atuante ou resultante de uma ação comportamental poderia, dentro desse tratado, ser considerada uma virtude.
Tronca, em Trandisciplinaridade em Edgar Morin, afirma que a dialógica cultural supõe multiplas idéias, informações, opiniões, teorias em intercâmbio contínuo. compreende também concorrência, antagonismo e conflito. Esses conflitos necessitam ser controlados por uma regra que evite excessos. Em uma sociedade muito complexa, isto é, policultural, quando um mesmo indivíduo experimenta inúmeras influências(familiar, política, religiosa, étnica), estabelece-se dentro do próprio indivíduo a diologicidade.
Variância lembra desvio e possibilidades.
Absorver, trocar, participar, selecionar sem nunca se tornar escravo de nenhuma convenção ou roteiro inflexível. Não ficar estagnado em determinações anteriores. Não perseguir o horizonte, construir o horizonte.
Ter prazer na mudança mesmo que ela não seja a fórmula da maioria.
Há sempre uma minoria de desviantes. Essa minoria existe e sempre existiu. É possível que justamente esses desviantes inspirem novos caminhos.
Deixar de ser mecânico pra ser experiência.
A concepção determinista mecaniscista é incapaz de conceber a destruição da invariância; no entanto, é imprescindível a aceitação da ideia de que uma cultura possa produzir aquilo que a arruinará.
Todo o conhecimento é tradução e reconstrução. Se nosso objetivo é o conhecimento, então é preciso libertar-mo-nos.
Caminhante não há caminho, o caminho faz-se ao caminhar.(Antônio Machado)
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Em filas...de iguais ou diferentes?

Quarta-feira, 15 de outubro de 2008, no percurso para o trabalho a música urbana: saltos de sapatos na calçada, chuva nas calhas, pneus espalhando a água das poças, buzinas protestando contra semáforos demorados em cruzamentos mal projetados.
Gente que corre para o trabalho, gente que corre em busca de trabalho, gente que foge do trabalho; gente que corre para a consulta médica, gente que corre para não precisar de médico; gente que corre pra vender, gente que corre pra comprar.
Todos desafiando o tempo por conta de uma igualdade e de uma diferença que almejam representar.
Uma correria constante contra o tempo e a favor das filas: do trânsito, do crediário, do posto de saúde, da padaria, do banco, do estacionamento...
Uma correria constante contra o tempo e a favor das filas: do trânsito, do crediário, do posto de saúde, da padaria, do banco, do estacionamento...
Que nome daremos a essa música?
Retrato do capitalismo que consome o cidadão? Ou retrato do cidadão que consome o capitalismo? Quem sabe: retrato do consumo que capitaliza o cidadão?
Integram a banda: o tempo na bateria, o comportamento no teclado, os valores na guitarra e no contra-baixo. Vocalista: a humanidade.
O produtor da banda é o Progresso. Até onde ele quer chegar?
“Com a valorização do sujeito, ele se sente mais pertencente ao seu lugar, sua cidade. Não nascemos cidadãos, nos tornamos. E a cidadania manifesta-se diretamente no comportamento”, (disse o ex-prefeito de Bogotá e diretor da Corporação Visionários pela Colômbia, Antanas Mockus).
O que falta é um sistema que ensine a responsabilidade de cada um e que se comprometa a punir a desordem. Sistema de iguais e diferentes. Contraditório...
Misturei muitas coisas aqui... :-P
Alguém arrisca afirmar que elas não estão direta ou indiretamente interligadas?
domingo, 12 de outubro de 2008

"Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade". (Mário Quintana)
** A figura é a foto de um quadro do meu quarto que pintei em 2006.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Terceira de 7

IDEALISMO
De volta ao meu mundinho encantado e público, é com alegria que trago uma reflexão sobre a terceira virtude. Isso mesmo, não abandonei, tampouco esqueci desse compromisso tão gratificante.
Vale relembrar que as virtudes não possuem pré-requisito de referencial teórico relevante mas sim de um olhar pessoal que me inspira a considerá-las com tal.
De volta ao meu mundinho encantado e público, é com alegria que trago uma reflexão sobre a terceira virtude. Isso mesmo, não abandonei, tampouco esqueci desse compromisso tão gratificante.
Vale relembrar que as virtudes não possuem pré-requisito de referencial teórico relevante mas sim de um olhar pessoal que me inspira a considerá-las com tal.
Alguns conceitos levados à prática aguçam nossa sensibilidade, seja pelas ligações que fazemos com acontecimentos da nossa vida, seja porque de alguma forma nos sentimos curiosos a respeito.
Assim me sinto quanto ao Idealismo.
Não fugirei da concepção filosófica que caracteriza o Idealismo como corrente de pensamento que reduz toda a existência a ideais ou a considera determinada pela consciência, opondo-se frequentemente ao realismo, empirismo e ao materialismo. Há divergências de perspectivas teóricas entre os filósofos idealistas, contudo, baseia-se num postulado básico: a existência de uma realidade última, quer se chame espírito, Deus ou energia vital que transcende o mundo físico e lhe dá sua razão de ser.
Porém, vamos dimensionar como uma qualidade/característica de comportamento humano e mais do que isso - uma virtude, a terceira das sete.
No dicionário informal da Internet, idealismo é a atitude que consiste em subordinar o pensamento e a ação a um ideal.
Penso que qualquer ideal é motivado pelo sentimento maior: o amor - pela família, pela pátria, pela liberdade, por uma causa seja qual for. Não entraremos nesse mérito, apenas combinaremos de não esquecer que estamos falando de virtudes.
Essa é uma virtude difícil de passar despercebida. É o brilho do qual a humanidade se alimenta para resgatar um sentimento coletivo de esperança, de auto-estima e de sentido para a existência, transformando os sacrifícios isolados em instrumentos necessários ao bem comum, edificando-os na busca pelo supremo da perfeição.
Não é à toa que o filme Coração Valente recebeu 5 Oscars, incluindo melhor filme. Mel Gibson é o idealista William Wallace, neste épico emocionante sobre a luta pela liberdade na Escócia. Difícil não encher os olhos de lágrimas na cena em que Wallace, condenado à morte por traição, é torturado e resiste bravamente como se o amor pelo ideal lhe corresse pelas veias anestesiando as dores do sacrifício. Com a mesma fórmula em O Patriota o ator é um homem que se envolve com a Revolução Americana após ver sua família ameaçada pelo exército britânico. Ambos emocionam pela força de um homem que por um ideal influencia povos e toda uma nação.
Eu sei, é filme.
Mas observemos o que mexe com nossas emoções mesmo na ficção: do que é capaz um ser humano que vive por um ideal? De morrer por ele.
Tudo bem, pode ser que um William Wallace da vida real não derrotasse brilhantemente exércitos inteiros apenas com uma lança...mas muitos tentariam ou tentaram.
Os idealistas não estão só na ficção, a História nos conta sobre uns tantos: Aristóteles,Tiradentes, Joana D'arc e muitos outros.
Os idealistas não estão só na ficção, a História nos conta sobre uns tantos: Aristóteles,Tiradentes, Joana D'arc e muitos outros.
Dar a vida por uma causa é para poucos. Você daria a sua?
...
Ok. Voltemos à nossa realidade menos heróica.
Como identificar um idealista entre as pessoas que conhecemos?
O idealista tem algo de etéreo, e quem o observa com um pouco mais de atenção, percebe que, embora ele se movimente no mundo cotidiano, nunca está inteiramente “aqui” - a sua cabeça está ligada em um outro plano, muito mais bonito, repleto de sonhos e conceitos de como as coisas “devem ser”, num sentido mais amplo e numa visão ideal de sociedade.Ele acredita que a vida não se resume a trabalhar, ganhar dinheiro, namorar, casar e constituir família. Ele sente que ela tem um sentido maior, e está sempre em busca de filosofias que respondam às suas grandes questões existenciais, como “porque estamos aqui” e “qual a minha missão”, e "mostrem qual é o seu lugar no universo".
São pessoas que se focam nos valores subjetivos, que tem habilidade em ver o “todo” das situações. Podem sofrer de episódios de melancolia profunda, talvez porque lhes falte a pitada de heroísmo que não interessa a repercussão ao sistema no qual está inserido. E talvez, para finalizar, ser idealista de verdade é não dar a mínima para o sistema ou quem sabe utilizar-se dele para atingir o ideal ou construí-lo sob os ideais...
Corações valentes são póstumos...
Só a morte tem o poder de coroar com sangue a valentia de um homem que preocupava-se primeiramente com a humanidade e depois consigo.
Pelo menos no que diz respeito a levar sua história ao conhecimento em massa.
Pra bagunçar tudo, sugiro começar por uma grande causa: os projetos da sua vida; para depois preocupar-se com os da humanidade e vice-versa ;-)
sábado, 20 de setembro de 2008
Ele faz a parte dele e eu a minha

Há um tempo em que começamos a entender porque o tempo passa.
Se tudo tem uma razão e um significado então aqueles relativos ao tempo estão cada vez mais claros e até mesmo lógicos.
Se eu pudesse enxergar minha vida como quem vê um filme, diria que ele está ficando interessante. Está mais pra filme cult do que pra grande produção.
Até poderia ser uma grande produção - é só pegar um acontecimento e superdimensioná-lo, polemitizá-lo e encher de efeitos especiais. Mas prefiro observar o desenvolvimento do todo, as somas, subtrações, divisões, multiplicações e seus resultados.
O que vem antes e depois dessa quase premissa abaixo é apenas detalhe.
E como não pretendo ficar pensando a respeito...
É muito simples e aceitável: o tempo passa pra gente amadurecer e pronto.
sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Mãos Dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
(...)
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.
(Carlos Drummond de Andrade, 1983, p. 108).
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
(...)
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.
(Carlos Drummond de Andrade, 1983, p. 108).
segunda-feira, 8 de setembro de 2008

1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7!!?? Não!! Agora são 11 os PECADOS CAPITAIS.
Papa Bento XVI denunciou a "queda do sentimento de pecado no mundo secularizado", em meio à redução no número de católicos que praticam a confissão e anunciou mais quatro motivos para correr ao confessionário:
Manipulação Genética;
Uso de Drogas;
Poluição Ambiental;
Desigualdade Racial.
Quanto pano pra manga!!! Considero o primeiro, da lista acima, o mais polêmico.
Papa Bento XVI denunciou a "queda do sentimento de pecado no mundo secularizado", em meio à redução no número de católicos que praticam a confissão e anunciou mais quatro motivos para correr ao confessionário:
Manipulação Genética;
Uso de Drogas;
Poluição Ambiental;
Desigualdade Racial.
Quanto pano pra manga!!! Considero o primeiro, da lista acima, o mais polêmico.
Porém, continuarei me concentrando nas virtudes do meu tratado particular. Em outros momentos manifestarei toda minha avareza irada sobre a soberba da parte política que pode existir em meio à boa fé de uma grande "instituição sagrada". (pelamordedeus, todos nós, inclusive quando reunidos e representados num padrão, seja lá do que for, temos um lado negro rsrs).
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Escapadinha!

Contrariando a promessa feita por mim a mim mesma de que chegaria em casa e me dedicaria à elaboração da minha monografia de pós, acabei fazendo inscrição num evento gratuito da Semana Científica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre cujo tema é indiscutivelmente atraente. Vale a pena divulgar a grandeza dessa oportunidade para que não possamos reclamar da falta de incentivo à pesquisa e do acesso à cultura! 4 dias de ouvidos atentos aos saberes dos grandes profissionais ministrantes. Abaixo o roteiro:
POLEMOS - Os sete pecados capitais em tempo de pós-tudo
"Na catalogação dos pecados capitais os teólogos esqueceram o mais importante - o capital propriamente dito". Millôr Fernandes
01/09 -
A Ira Kathrin Rosenfield (Filosofia/UFRGS)A Avareza Franklin Cunha (Medicina/UFRGS)**
02/09 -
A Preguiça Norma Marzola (Educação/UFRGS)**
A Soberba Cláudio Osório (Medicina/UFRGS)**
A InvejaAlberto Mantovani Abeche (Medicina/UFRGS)**
03/09 -
A Gula Kátia Pozzer (Histórioa/ULBRA)Ana Luiza Maia (Medicina/UFRGS)Herberto E. Maia (Medicina/UFCSPA)**
04/09 -
A Luxúria Ruy Carlos Ostermann (Filosofia/Cronista)Luciano Zubaran Goldani (Medicina/UFRGS)Heitor Hentschel (Medicina/UFRGS)**
Organização: Profs. J. J. Bianchini e Marcelo Z. Goldani (UFRGS)Programação e Coordenação: Prof. Sergio A. Goldani (UFRGS).
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Segunda de 7

Reinvenção
Era um vestido de cor clara com estampa delicada e caimento sutil. Fernanda o adorava, mas já estava cansada de vesti-lo repetidas vezes nas últimas festas que compareceu. Os tempos estavam difíceis e comprar um novo vestido prejudicaria as economias domésticas. Foi então que uma fita de um vermelho brilhante guardada junto aos sapatos chamou a atenção da moça. O vestido não era novo, mas a combinação com a fita estrategicamente amarrada na cintura causou um efeito moderno fantástico! Sentindo-se maravilhada e cheia de estilo, animada, Fernanda seguiu rumo à festa.
Textinho bobo, mas que contextualiza de forma simples a segunda virtude:a habilidade de REINVENTAR e(ou) RECRIAR.
Era um vestido de cor clara com estampa delicada e caimento sutil. Fernanda o adorava, mas já estava cansada de vesti-lo repetidas vezes nas últimas festas que compareceu. Os tempos estavam difíceis e comprar um novo vestido prejudicaria as economias domésticas. Foi então que uma fita de um vermelho brilhante guardada junto aos sapatos chamou a atenção da moça. O vestido não era novo, mas a combinação com a fita estrategicamente amarrada na cintura causou um efeito moderno fantástico! Sentindo-se maravilhada e cheia de estilo, animada, Fernanda seguiu rumo à festa.
Textinho bobo, mas que contextualiza de forma simples a segunda virtude:a habilidade de REINVENTAR e(ou) RECRIAR.
Lema da postagem: "Nada se cria, tudo se reinventa"!
Pensei nessa palavra algumas vezes nos últimos dias. Hoje venho aqui reverenciá-la. Convidá-la a ser, na prática, minha guia e inspiração, além de uma virtude merecedora de destaque dentre as 7 tratadas no blog. Até então a considerava uma bela palavra pra inserir num texto que fale de incentivo e motivação.
Reinventar passa pela crítica, pelo desconforto e chega na ousadia e coragem de assumir riscos e incertezas na busca da satisfação, da realização. Encarar de frente o desconhecido e estender a mão pra cumprimentá-lo dizendo: seja bem-vindo. Reinventar é acreditar que viver é cumprir travessias desacomodadas e não somente "caminhar em direção a". Ser frequentador de estradas incertas e curtir as surpresas. Reconhecer que o valor está, justamente, nos desafios pelo caminho e não na chegada em si.
Será preciso ter o dom da criatividade naturalmente aflorado para RECRIAR? Talvez seja necessário apenas partir dos estranhamentos desconfortáveis para os movimentos de mudanças, alterações, modificações . Isso mesmo! Sair do certo nem que seja pra experimentar o duvidoso.
Nos satisfazemos muito facilmente com a mediocridade, a maioria de nós não se dá ao trabalho de ser tudo que pode ser. Foi a conclusão que Lou Marinoff chegou. Caro Lou, pretendo ser a mulher-maravilha ganhadora da mega-sena, que encontrou seu príncipe encantado na ilha de caras após ter salvado o mundo da hipocrisia.
Posso?
Idealizar essa condição claro que sim, mas iniciar a busca pelo sucesso num mundo "mais real" poderia ser o primeiro passo para a concretização do "projeto mulher-maravilha".
Copiar Oscar Wilde colocando a genialidade na vida e, no trabalho apenas o talento, deve ser um bom começo, não é? Criar é dar forma ao próprio destino, diz Albert Camus. Então, RECRIAR pode ser reformar a percepção e as atitudes valorizando as experiências dos "destinos anteriores" consciente de que o insight de tudo que passou é que permite aprimorar-mo-nos a favor do bem, de uma melhor forma de ser, estar e sentir a vida.
Considerar-se responsável e cobaia das próprias experiências escolhidas, se atrever a dispensar o rótulo fácil de vítima, já que ele não funciona para quem quer ser o melhor que conseguir...
Deixar de ser estaticamente determinista para ser aquele que acredita na dinâmica das sensações, buscando equilíbrio entre nossas perdas e ganhos.
Eleger prioridades, descartar o dispensável e aprender a conviver com o que não é prioridade, mas que não pode ser descartado.
Reinventar também é parar de temer e solidão e embalar, ao som de Sandra de Sá, o que nos prende e impede de experimentar o novo:
"Prá frente é que se anda. A vida leva e traz...Vou jogar fora no lixo.Vou jogar fora no lixo. Jogar fora no liii ih ih xo!..."
Copiar Oscar Wilde colocando a genialidade na vida e, no trabalho apenas o talento, deve ser um bom começo, não é? Criar é dar forma ao próprio destino, diz Albert Camus. Então, RECRIAR pode ser reformar a percepção e as atitudes valorizando as experiências dos "destinos anteriores" consciente de que o insight de tudo que passou é que permite aprimorar-mo-nos a favor do bem, de uma melhor forma de ser, estar e sentir a vida.
Considerar-se responsável e cobaia das próprias experiências escolhidas, se atrever a dispensar o rótulo fácil de vítima, já que ele não funciona para quem quer ser o melhor que conseguir...
Deixar de ser estaticamente determinista para ser aquele que acredita na dinâmica das sensações, buscando equilíbrio entre nossas perdas e ganhos.
Eleger prioridades, descartar o dispensável e aprender a conviver com o que não é prioridade, mas que não pode ser descartado.
Reinventar também é parar de temer e solidão e embalar, ao som de Sandra de Sá, o que nos prende e impede de experimentar o novo:
"Prá frente é que se anda. A vida leva e traz...Vou jogar fora no lixo.Vou jogar fora no lixo. Jogar fora no liii ih ih xo!..."
Cena do Dia

Eu na fila do ônibus.
Um senhor, logo atrás, ao receber um "santinho" de um candidato a vereador das mãos de um panfleteiro, mostra-se indignado com a política, com a palhaçada que é essa democracia que permite, "fecha os olhos", incentiva tanta roubalheira! Então,
amassa o panfleto e joga no chão...
???moral da história???
Sem comentários Sr. cidadão!
terça-feira, 26 de agosto de 2008
...passagem rápida...

Antes da postagem sobre a próxima virtude, gostaria de registrar aqui o meu amor. Um amor que vem crescendo a cada dia e que toma menos do meu tempo quanto gostaria. Tempo ganho, tempo produtivo, tempo que PÁRA e deixa rastro da minha inquietude: ESCREVER é minha paixão declarada. Materializar em palavras as percepções que vou colecionando e transformando me faz muito bem.
Aonde vai me levar??
Mais próxima da minha alma, é o que sinto...em contato com a essência que me movimenta, mas também "de cara" com o aquilo que me trava. Reconheço o inimigo e o aliado de jornada. Todos estão dentro de mim guerrilhando.
"Conhece a ti mesmo"!
Aonde vai me levar??
Mais próxima da minha alma, é o que sinto...em contato com a essência que me movimenta, mas também "de cara" com o aquilo que me trava. Reconheço o inimigo e o aliado de jornada. Todos estão dentro de mim guerrilhando.
"Conhece a ti mesmo"!
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Primeira de 7
SerenidadeA formação do sereno é muito comum nas noites de tempo tranquilo e calmo, quando a temperatura baixa do solo afeta o ar, fazendo o vapor atingir o ponto de saturação.É um fenômeno vinculado à capacidade do ar para incorporar e reter vapor de água. Sereno lembra orvalho. Esse, por sua vez, forma-se nas noites claras, porque nelas as superfícies descobertas irradiam calor para a atmosfera.
Serenidade retratada em paisagem, materializada como fenômeno da natureza, traduzida em poesia.
Na prática: tranquilidade de existir, não se entregar à aflição.
Aristóteles em "Ética a Nicómaco" afirma que qualquer um pode zangar-se, pois isso é muito simples. Mas zangar-se com a pessoa adequada, no grau exato, no momento oportuno, com o propósito justo e de modo correto, isso, não é tão fácil.
Reinhold Niebuhr, em uma das muitas versões da célebre reflexão citada a seguir, chama de Serenidade a aceitação das coisas que não podemos modificar, o encorajamento para modificar aquelas que podemos e a habilidade de distinguir umas das outras.
Reparem que não é fácil tematizar uma virtude sem envolver outras, de modo que as relações estabelecidas entre elas é que contextualizam suas aplicações. É difícil ordenar por importância ou por qualquer outra característica, já que tratam-se de interpretações abstratas fortemente interligadas onde conceituar implicaria "limitar" a situação a uma visão segmentada de um todo mais "rico" do que a soma das partes(a teoria gestáltica que o diga!). Isso é facilmente notável nas obras dos ilustres filósofos que contribuíram com suas reflexões à humanidade. A filosofia é racional, porém, seu percurso parte da abstração. Então, quem sou eu para tentar essa façanha(determinar uma ordem) num discreto irrelevante blog pessoal? Contudo, é possível considerar a virtude em destaque um componente do paradigma social contido "na personalidade humana" como facilitador do progresso evolutivo inter e intrapessoal dos indivíduos.
Schopenhauer diz que nada que não seja a serenidade pode substituir com segurança e abundância outro bem. Se alguém quiser julgar a felicidade de um indivíduo rico, jovem, belo e honrado, que se pergunte se também é sereno; do contrário, se é sereno, resulta indiferente que seja jovem ou velho, pobre ou rico: é feliz. Sendo assim, devemos abrir todas as portas à serenidade sempre que ela chegar, pois ela nunca é inoportuna. Muitas vezes, porém, hesitamos em deixá-la entrar, pois primeiro queremos nos perguntar se realmente temos motivos para ser serenos, ou se a serenidade não nos abstrairia das nossas reflexões sérias e preocupações graves. Mas, enquanto as vantagens que estas, nos proporcionam são incertas, a serenidade é o ganho mais seguro, e, visto que vale apenas para o presente, ela representa o bem supremo para os seres cuja realidade tem a forma de um presente indivisível, situados entre dois tempos infinitos. Se a serenidade é o bem que pode substituir todos os outros, mas que, por sua vez, não pode ser substituído por nenhum outro, deveríamos antepor a aquisição desse bem a qualquer outra aspiração.
Pequenos desafios são superados; irritação que se faz controlada; desafios emocionais corrigidos; vontade bem direcionada; ambição freada, são experiências para a aquisição da serenidade. A serenidade harmoniza, exteriorizando-se de forma agradável para os circunstantes. Inspira confiança, acalma e propõe afeição. Diante de quem engana, traindo sua confiança, seu ideal, ou envolvendo em confusões, o ideal é manter-se sereno.O enganador é quem deve estar inquieto.
Divaldo P. Franco, inspirado por Joanna de Ângelis, vem fechar com chave de ouro a primeira parte do "tratado das virtudes": "todo homem sábio é sereno e já venceu grande parte da luta porque sabe exatamente o que deseja da vida".
Serenidade retratada em paisagem, materializada como fenômeno da natureza, traduzida em poesia.
Na prática: tranquilidade de existir, não se entregar à aflição.
Aristóteles em "Ética a Nicómaco" afirma que qualquer um pode zangar-se, pois isso é muito simples. Mas zangar-se com a pessoa adequada, no grau exato, no momento oportuno, com o propósito justo e de modo correto, isso, não é tão fácil.
Reinhold Niebuhr, em uma das muitas versões da célebre reflexão citada a seguir, chama de Serenidade a aceitação das coisas que não podemos modificar, o encorajamento para modificar aquelas que podemos e a habilidade de distinguir umas das outras.
Reparem que não é fácil tematizar uma virtude sem envolver outras, de modo que as relações estabelecidas entre elas é que contextualizam suas aplicações. É difícil ordenar por importância ou por qualquer outra característica, já que tratam-se de interpretações abstratas fortemente interligadas onde conceituar implicaria "limitar" a situação a uma visão segmentada de um todo mais "rico" do que a soma das partes(a teoria gestáltica que o diga!). Isso é facilmente notável nas obras dos ilustres filósofos que contribuíram com suas reflexões à humanidade. A filosofia é racional, porém, seu percurso parte da abstração. Então, quem sou eu para tentar essa façanha(determinar uma ordem) num discreto irrelevante blog pessoal? Contudo, é possível considerar a virtude em destaque um componente do paradigma social contido "na personalidade humana" como facilitador do progresso evolutivo inter e intrapessoal dos indivíduos.
Schopenhauer diz que nada que não seja a serenidade pode substituir com segurança e abundância outro bem. Se alguém quiser julgar a felicidade de um indivíduo rico, jovem, belo e honrado, que se pergunte se também é sereno; do contrário, se é sereno, resulta indiferente que seja jovem ou velho, pobre ou rico: é feliz. Sendo assim, devemos abrir todas as portas à serenidade sempre que ela chegar, pois ela nunca é inoportuna. Muitas vezes, porém, hesitamos em deixá-la entrar, pois primeiro queremos nos perguntar se realmente temos motivos para ser serenos, ou se a serenidade não nos abstrairia das nossas reflexões sérias e preocupações graves. Mas, enquanto as vantagens que estas, nos proporcionam são incertas, a serenidade é o ganho mais seguro, e, visto que vale apenas para o presente, ela representa o bem supremo para os seres cuja realidade tem a forma de um presente indivisível, situados entre dois tempos infinitos. Se a serenidade é o bem que pode substituir todos os outros, mas que, por sua vez, não pode ser substituído por nenhum outro, deveríamos antepor a aquisição desse bem a qualquer outra aspiração.
Pequenos desafios são superados; irritação que se faz controlada; desafios emocionais corrigidos; vontade bem direcionada; ambição freada, são experiências para a aquisição da serenidade. A serenidade harmoniza, exteriorizando-se de forma agradável para os circunstantes. Inspira confiança, acalma e propõe afeição. Diante de quem engana, traindo sua confiança, seu ideal, ou envolvendo em confusões, o ideal é manter-se sereno.O enganador é quem deve estar inquieto.
Divaldo P. Franco, inspirado por Joanna de Ângelis, vem fechar com chave de ouro a primeira parte do "tratado das virtudes": "todo homem sábio é sereno e já venceu grande parte da luta porque sabe exatamente o que deseja da vida".
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
As 7 Virtudes

Um presente estimulante e surpreendente, o livro "A Arte de Ser Feliz" de Shopenhauer, me estimulou a escrever sobre VIRTUDES. Isso mesmo, os traços morais, aptidões ou capacidades que determinam a maneira adequada de sentir e interagir com absolutamente tudo na vida. Registrarei aqui no "Travessias e Travessuras" reflexões sobre as excelências de caráter valorizadas socialmente e que, quando intrínsecas ou aprendidas(é possível?), devem, de alguma forma, tornar a travessia uma evolução transcendental, inclusive ao permitir e dosar as travessuras essenciais durante o percurso. Ressalto que não pretendo entrar no mérito conceitual cardeal, moral ou capital, ou seja, a fundamentação é a minha percepção e ponto de vista sobre sete virtudes que selecionei.
Jeremy Bentham diz que a natureza pôs a humanidade sob o governo de dois mestres soberanos, a dor e o prazer. Cabendo somente a eles nos apontar o que devemos fazer, assim como determinar o que faremos. Não concordo nem discordo dessa idéia. Acrescento que eles são os motivadores que estimulam o movimento de saída de uma zona de desconforto ou de permanência num estado de satisfação. E essa dinâmica é determinada pelas virtudes que possuímos ou desenvolvemos, assim como sinalizam as que precisaremos desenvolver. A virtude tem origem na Grécia com a palavra areté. Foi traduzida para o latim como virtus, que é a sua raíz em português. Vale salientar que nas culturas orientais a noção de virtude surgiu no séc. XX a.C. como a capacidade de realizar ou oferecer vida. Virtude, segundo Aristóteles, é uma disposição adquirida de fazer o bem. Para Joaquim Clotet, é a forma de agir que enobrece a pessoa, que a aperfeiçoa. O contrário é o vício, que degrada ou destrói a pessoa. De acordo com Aristóteles, as virtudes se aperfeiçoam com o hábito (Ética a Nicômacos. Brasília: UnB, 1992).
Jeremy Bentham diz que a natureza pôs a humanidade sob o governo de dois mestres soberanos, a dor e o prazer. Cabendo somente a eles nos apontar o que devemos fazer, assim como determinar o que faremos. Não concordo nem discordo dessa idéia. Acrescento que eles são os motivadores que estimulam o movimento de saída de uma zona de desconforto ou de permanência num estado de satisfação. E essa dinâmica é determinada pelas virtudes que possuímos ou desenvolvemos, assim como sinalizam as que precisaremos desenvolver. A virtude tem origem na Grécia com a palavra areté. Foi traduzida para o latim como virtus, que é a sua raíz em português. Vale salientar que nas culturas orientais a noção de virtude surgiu no séc. XX a.C. como a capacidade de realizar ou oferecer vida. Virtude, segundo Aristóteles, é uma disposição adquirida de fazer o bem. Para Joaquim Clotet, é a forma de agir que enobrece a pessoa, que a aperfeiçoa. O contrário é o vício, que degrada ou destrói a pessoa. De acordo com Aristóteles, as virtudes se aperfeiçoam com o hábito (Ética a Nicômacos. Brasília: UnB, 1992).
Finalmente, segundo Cristina :-P, são maneiras de ser que tendem a transformar qualquer experiência em instrumento a favor do AMOR.
*Personagens símbolos acompanharão as 7 virtudes em destaque.
Pois bem, na próxima postagem, apresento-lhes a primeira delas: a SERENIDADE.
*Personagens símbolos acompanharão as 7 virtudes em destaque.
Pois bem, na próxima postagem, apresento-lhes a primeira delas: a SERENIDADE.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
...deus...
Sabedoria Infantil...“Querido Papai do Céu, em vez de você fazer as pessoas morrerem e aí criar novas pessoas, por que você não fica com as que já tem?”
Perguntaram-me se acredito em Deus...
"Deus nunca foi visto por ninguém. Por acaso a gente vê os próprios olhos? Quem vê os próprios olhos é cego. Para ver com os olhos é preciso não ver os olhos... Deus é como os olhos. Não podemos vê-lo para ver através dele. Deus é um jeito de ser.
Mas uns homens tolos, querendo ver Deus, fizeram um deus com pedaços deles mesmos. E assim inventaram um deus à sua imagem e semelhança. E, como muitos homens têm corações maus, eles inventaram um deus parecido com eles mesmos, um deus mau que provoca medo. Disseram até que esse Deus tem uma câmara de torturas chamada inferno, onde tranca seus desafetos por toda a eternidade..."
Rubem Alves
"Deus nunca foi visto por ninguém. Por acaso a gente vê os próprios olhos? Quem vê os próprios olhos é cego. Para ver com os olhos é preciso não ver os olhos... Deus é como os olhos. Não podemos vê-lo para ver através dele. Deus é um jeito de ser.
Mas uns homens tolos, querendo ver Deus, fizeram um deus com pedaços deles mesmos. E assim inventaram um deus à sua imagem e semelhança. E, como muitos homens têm corações maus, eles inventaram um deus parecido com eles mesmos, um deus mau que provoca medo. Disseram até que esse Deus tem uma câmara de torturas chamada inferno, onde tranca seus desafetos por toda a eternidade..."
Rubem Alves
terça-feira, 12 de agosto de 2008
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
domingo, 10 de agosto de 2008
"Enquanto o dia acorda a gente ama"
"Palavras de um Futuro Bom"(Jota Quest).
Esta é A MÚSICA!
Mistura mágica daquilo que todos idealizam ouvir e dizer para alguém especial + melodia que mexe com as emoções.
Só que são apenas palavras, palavras cantadas...
Pelo menos até que as atitudes assumam o comando e as superem ou, as tornem simples fantasias de vilão que finge ser mocinho.
As palavras enganam os tolos, mas também os ingênuos inebriados por bons sentimentos.
As palavras são cantadas, jogadas, sussurradas e por vezes reprimidas, mas limitam-se ao seu significado utópico.
As palavras esperam pelo sentido que a ação lhes determina.
Então eu prefiro deixar de ter um nome para ter muitos sentidos. Ser abstrata a ser complexa. Nem por isso ser tão simples que possa ser traduzida.
Ocorre que, vou continuar ouvindo, me emocionando e acreditando:
"...preciso tanto aproveitar você, beijar seus olhos, olhar sua boca... palavras de um futuro bom"
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
O CAOS DISFARÇADO DE TORCEDOR.

Em cartaz: "Torcedores de Perto".
Não ficarei admirada se meu Blog for "estrategicamente" vetado da Internet depois dessa postagem quase anti-social.
Foi assim...
Quarta-feira, 06 de Agosto, terceiro dia de exaustiva maratona de trabalho semanal , também dia de jogo do Grêmio.
Momento mais esperado do dia: o jogo!? Opção errada!
Chegar em casa, tomar um banho quente, fazer uma bela refeição e descansar debaixo de uns cinco cobertores!? Opção correta!
Entretanto, avesso à vontade ansiosa de chegar ao precioso lar-doce-lar, o engarrafamento causado pelos torcedores que se dirigiam ao estádio empacou a minha paz, aliás não só a minha assim como a de muitos trabalhadores.
Me adianto em informar: Sou colorada, mas uma torcedora "de longe", sem grande envolvimento.
Muito mais do que uma torcedora insignificante, sou uma pessoa preocupada com o verdadeiro inferno que o trânsito de Porto Alegre tem se tornado em horários críticos e não tem sido diferente em dias de jogo.
Ressalto que não venho aqui condenar essa FEBRE Mundial que se tornou o futebol espetáculo, apenas encará-lo num significado cru, analisando sob uma ótica de dimensões bem diferentes daquelas oriundas de um torcedor dedicado.
Deixa eu tentar me redimir pelo menos um pouco: Futebol é arte sim, principalmente aquele que é jogado nos domingos com os amigos, aquele que dá motivo pra churrasco, aquele que melhora o condicionamento físico por ser atividade física habitual e ainda, aquele que as Escolas organizam para promover eventos e gincanas periódicas. Todos esses por sua vez, estimulam as trocas, a convivência, o conflito que nos faz amadurecer, as alegrias que dão saudades de pessoas e momentos queridos.
Enfartar torcendo numa final de campeonato passa longe disso.
A parte legal:
Antes e enquanto seu time faz a parte dele num dia de partida a VIDA ACONTECE na fila, na arquibancada, com o vendedor de churrasquinho, no trajeto de volta pra casa.
No entanto, se todos pudessem vestir a camiseta oficial e entrar em campo pra fazer diferente, mais do que gritar o que deveria ser feito, aí sim, o futebol teria minha mais ardente admiração.
Que eu possa ser perdoada por aqueles que tem entre as paixões o seu time do coração. Isso deve ser saudável, eu é que estou num dia radical e resolvi publicar uma quase revolta contra uma multidão que adora ver uma bola balançar a rede(rsrs).
Mas, o que o futebol representa?
IDENTIDADE.
Somos muitos em um só e um só de muitos, seja quando optamos por frequentar um tipo de balada, uma religião, um curso superior, um estilo de se vestir, um partido político ou um time para o qual torcer. Participamos, conforme as fases da vida, de grupos formadores da identidade cultural e o futebol é mais uma dessas "tribos". Como tal, um exercício que busca: alegrias, orgulho, satisfação, adrenalina, união, expectativa... É "tapa-furo" e "me dê motivo" para sorrir ou para chorar porque é de emoções que vivemos e a que viemos. Combustíveis potencializadores dos ciclos humanos necessários ao alcance da maturidade que é adquirida com a passagem do tempo que nos é dado. Ferramenta de manutenção de soldadinhos de um sistema capitalista de competições onde comprar e vender idéias e camisetas dá lucro e status.
Não ficarei admirada se meu Blog for "estrategicamente" vetado da Internet depois dessa postagem quase anti-social.
Foi assim...
Quarta-feira, 06 de Agosto, terceiro dia de exaustiva maratona de trabalho semanal , também dia de jogo do Grêmio.
Momento mais esperado do dia: o jogo!? Opção errada!
Chegar em casa, tomar um banho quente, fazer uma bela refeição e descansar debaixo de uns cinco cobertores!? Opção correta!
Entretanto, avesso à vontade ansiosa de chegar ao precioso lar-doce-lar, o engarrafamento causado pelos torcedores que se dirigiam ao estádio empacou a minha paz, aliás não só a minha assim como a de muitos trabalhadores.
Me adianto em informar: Sou colorada, mas uma torcedora "de longe", sem grande envolvimento.
Muito mais do que uma torcedora insignificante, sou uma pessoa preocupada com o verdadeiro inferno que o trânsito de Porto Alegre tem se tornado em horários críticos e não tem sido diferente em dias de jogo.
Ressalto que não venho aqui condenar essa FEBRE Mundial que se tornou o futebol espetáculo, apenas encará-lo num significado cru, analisando sob uma ótica de dimensões bem diferentes daquelas oriundas de um torcedor dedicado.
Deixa eu tentar me redimir pelo menos um pouco: Futebol é arte sim, principalmente aquele que é jogado nos domingos com os amigos, aquele que dá motivo pra churrasco, aquele que melhora o condicionamento físico por ser atividade física habitual e ainda, aquele que as Escolas organizam para promover eventos e gincanas periódicas. Todos esses por sua vez, estimulam as trocas, a convivência, o conflito que nos faz amadurecer, as alegrias que dão saudades de pessoas e momentos queridos.
Enfartar torcendo numa final de campeonato passa longe disso.
A parte legal:
Antes e enquanto seu time faz a parte dele num dia de partida a VIDA ACONTECE na fila, na arquibancada, com o vendedor de churrasquinho, no trajeto de volta pra casa.
No entanto, se todos pudessem vestir a camiseta oficial e entrar em campo pra fazer diferente, mais do que gritar o que deveria ser feito, aí sim, o futebol teria minha mais ardente admiração.
Que eu possa ser perdoada por aqueles que tem entre as paixões o seu time do coração. Isso deve ser saudável, eu é que estou num dia radical e resolvi publicar uma quase revolta contra uma multidão que adora ver uma bola balançar a rede(rsrs).
Mas, o que o futebol representa?
IDENTIDADE.
Somos muitos em um só e um só de muitos, seja quando optamos por frequentar um tipo de balada, uma religião, um curso superior, um estilo de se vestir, um partido político ou um time para o qual torcer. Participamos, conforme as fases da vida, de grupos formadores da identidade cultural e o futebol é mais uma dessas "tribos". Como tal, um exercício que busca: alegrias, orgulho, satisfação, adrenalina, união, expectativa... É "tapa-furo" e "me dê motivo" para sorrir ou para chorar porque é de emoções que vivemos e a que viemos. Combustíveis potencializadores dos ciclos humanos necessários ao alcance da maturidade que é adquirida com a passagem do tempo que nos é dado. Ferramenta de manutenção de soldadinhos de um sistema capitalista de competições onde comprar e vender idéias e camisetas dá lucro e status.
Com ou sem bola estamos sempre entrando em palco, em cena...em campo.
Ainda precisamos que as nossas falhas, apegos e argumentações se encaixem num contexto. E o futebol também está aí pra isso. Necessitamos vestir fantasias azuis ou vermelhas para descobrir e questionar quem somos de verdade. Assumindo e confirmando nosso valor. Ensaio infinitamente menor do que o jogo da vida, onde as derrotas e as vitórias são testes de intensidade em tempos e focos diferentes.
O que não pode é reduzir seu estado de espírito ao resultado do jogo.
A partir de hoje utilizarei a seguinte tática: jogo no Olímpico: pegar ônibus que vai pela Tristeza, jogo no Beira Rio: pegar ônibus que vai pela Azenha. Isso significa me sentir menos indignada com o trânsito e, consequentemente, com a alegria dos tantos torcedores.
quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Confissões a um GRANDE HOMEM...
O próximo Domingo será aquele dia em que nós, seres imperfeitos, paramos a nossa rotina egoísta de preocupações para “relembrar especialmente” de alguém responsável por grande parte de tudo o que somos e sonhamos... O dia dedicado a quem ama incondicionalmente e opta por estender seus sonhos à convivência com um outro ser, ao mesmo tempo, que se propõe a aprender com e sobre o amor.
Pai, mesmo sem perceber, sei que todos os dias aprendo alguma coisa contigo. Minhas últimas lições têm me ensinado que és sensível e dedicado. E que, diferentemente do que quando crianças pensamos, és imperfeito como qualquer um. Porém, hoje sei que essas imperfeições servem, justamente, para que possamos crescer juntos. És sim, herói. Em teus desafios fostes e tens sido vencedor... Somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos. És meu exemplo porque quero ser assim: nunca desistir dos meus sonhos de vida, como tu tens feito com dedicação! Todos temos tristezas, crises e momentos difíceis. O que diferencia os pequenos dos grandes é a força para prosseguir e perseguir um sentido para a vida e para cada dia vivido.
Devo confessar que sinto falta de poder dividir contigo as tuas preocupações e aflições, gostaria de ser mais útil, mais presente. Amo as nossas conversas e gostaria que soubesses desse meu apreço. Tuas opiniões muito me interessam e me incentivam a buscar saber mais e mais a cada dia.
Desculpe meus momentos de impaciência, inconstância, indiferença, agressividade, egoísmo e momentos em que não consegui te tratar com carinho.
Muito obrigada por me dizeres os caminhos que devo seguir, por me orientares por diversas vezes e por nunca desistires de me guiar, sou grata pela preocupação nas vezes que agi com imaturidade. Desculpe-me pelos arroubos de minha juventude porque mesmo que o tempo passe, serei sempre tua pequena filha. Obrigada por me advertires sobre os perigos da rua, pelo choro que choramos juntos, pelas lições de cautela, pelos castigos(que realmente não me lembro de ter recebido!!), pelos silêncios nas horas certas, pelos bons pensamentos a mim direcionados nas noites que perturbei teu sono com minhas dificuldades, pelo apoio financeiro que me deste acreditando ser um investimento. Saibas que só serei a melhor pessoa, mulher, mãe, esposa e profissional que puder porque fui presenteada com um PAIZÃO e não apenas com um pai.
Eu não apenas te amo...
-por tudo de bom e por nada de mal que me fizestes;
-pelo que me ensinastes e pelo que te ensinei;-pelas palavras de desgosto que sempre pensei que ouviria de ti, sem, no entanto, jamais ter ouvido;
-por cada minuto que passei a teu lado e por cada lágrima derramada quando estivermos distantes;
-por tudo de bom e por nada de mal que me fizestes;
-pelo que me ensinastes e pelo que te ensinei;-pelas palavras de desgosto que sempre pensei que ouviria de ti, sem, no entanto, jamais ter ouvido;
-por cada minuto que passei a teu lado e por cada lágrima derramada quando estivermos distantes;
-pelos abraços apertados e me lembro de cada um, sei que foram poucos, mas suficientes para ter a certeza do amor -recíproco.
Pai, é tão simples te amar!
Apesar e por tudo o que somos estamos unidos eternamente pelo que há de mais importante na nossa condição humana: O AMOR.
FELIZ DIA DOS GRANDES PAIS!!!!
DA FILHA QUE TE AMA incondicionalmente...
CRIS
FELIZ DIA DOS GRANDES PAIS!!!!
DA FILHA QUE TE AMA incondicionalmente...
CRIS
terça-feira, 5 de agosto de 2008

Essas foram as últimas palavras de Sócrates depois de tomar cicuta e aguardar a morte:
"Crito, eu devo um galo para Asclépio. Tu lembrarás de pagar a dívida?"
Então, como Shakespeare disse, "quebra-se um coração nobre". Daquele que acredita que uma vida sem questionamentos não vale a pena ser vivida.
quinta-feira, 31 de julho de 2008
NORMOSE!?!
Hoje me fiz uma pergunta: Será que estou me preocupando em ser eu mesma? Sim! Mas se isso é chamado de "crise existencial", ahh! Com isso não estou preocupada hehe. Então me lembrei daqueles textos de auto-ajuda manjadinhos que circulam pela Internet. Um deles, que recebi há muito tempo, me chamou atenção porque acrescentou uma palavra interessante no "meu dicionário pessoal".
Resumindo o conteúdo do texto...
Todos querem se encaixar num padrão. Isso significa SER NORMAL:
- bonito(a)
- magro(a)
- sociável
- bem-sucedido(a)
- de bem com a vida.
Sem poder fugir da nossa natureza imperfeita e características ímpares, a grande maioria se frustra com as dificuldades em alcançar esse padrão:
- angústia
- inveja
- frustrações
- depressão
- síndromes de ansiedade e pânico
- transtornos alimentares
- e outras manifestações de "não-enquadramento".
Pra quem gosta de diagnósticos, o nome dessa "doença", que faz querer muuuito ser normal, é : NORMOSE ( palavra inventada pelo Professor Hermógenes, de 86 anos). Fiz uma pesquisa no Google, mas não encontrei nada sobre esse cara! Ele deve ser anormal demais pra ser real(rsrs).
Pergunta: Quem espera o que de nós?
Não existe lei que obrigue nem motivo suficiente pra "ser como todos devem ser".
Vamos aderir à companha: Ser autêntico, normal dentro da nossa originalidade! Pra isso não é necessário curso. Basta desenvolver personalidade, não seguir todas as regras, encarar o desafio de aprender continuamente, viver de forma mais íntegra-simples-sincera, e, principalmente, não pensar que isso é uma fórmula! Vai encarar?
Ass: A QUASE ANORMAL : P
Resumindo o conteúdo do texto...
Todos querem se encaixar num padrão. Isso significa SER NORMAL:
- bonito(a)
- magro(a)
- sociável
- bem-sucedido(a)
- de bem com a vida.
Sem poder fugir da nossa natureza imperfeita e características ímpares, a grande maioria se frustra com as dificuldades em alcançar esse padrão:
- angústia
- inveja
- frustrações
- depressão
- síndromes de ansiedade e pânico
- transtornos alimentares
- e outras manifestações de "não-enquadramento".
Pra quem gosta de diagnósticos, o nome dessa "doença", que faz querer muuuito ser normal, é : NORMOSE ( palavra inventada pelo Professor Hermógenes, de 86 anos). Fiz uma pesquisa no Google, mas não encontrei nada sobre esse cara! Ele deve ser anormal demais pra ser real(rsrs).
Pergunta: Quem espera o que de nós?
Não existe lei que obrigue nem motivo suficiente pra "ser como todos devem ser".
Vamos aderir à companha: Ser autêntico, normal dentro da nossa originalidade! Pra isso não é necessário curso. Basta desenvolver personalidade, não seguir todas as regras, encarar o desafio de aprender continuamente, viver de forma mais íntegra-simples-sincera, e, principalmente, não pensar que isso é uma fórmula! Vai encarar?
Ass: A QUASE ANORMAL : P
Absolvendo Ana Maria Braga.
Os caras do CQC não perdoaram o comentário da apresentadora quando, numa pausa seguida de um "branco" na cachola, ela aconselhou os telespectadores a se tornarem IDIOTAS.
Sem radicalismos, vejamos o que pode estar subentendido na boa intenção da loira.
O que é ser idiota?
Meu querido Tom Hanks, no inesquecível " Forret Gump - O contador de histórias" respondia aos que o questionavam sobre o significado da palavra idiota: "idiota é quem faz idiotices".
E os dicionários confirmam: "qualidade do que é ou de quem é idiota e/ou ação, procedimento ou dito de idiota ou de pessoa dada como idiota(Dicionário Houaiss). Ora! Se forem ver o termo "idiota" verão que nenhum idiota é capaz de consultar o dicionário!
Ufa! Me safei dessa...rsrs.
Ser idiota tem lá suas vantagens.
Afinal, lábia de sábio é instrumento de enrolação e pode se tornar uma "arma". Um qualquer Zé-ninguém, considerado idiota, não consegue subordinar o particular a uma lei geral que desvia a atenção do comum dos mortais da inexorável realidade como um magistrado o faz. Isso deve dar trabalho!
A sabedoria aumenta a responsabilidade, portanto, idiotas não podem ser culpados por suas idiotices porque são ignorantes. Como cobrar de alguém algo que essa desconhece?
E cá entre nós! Somos, na grande maioria, ignorantes para alguns assuntos ou muitos, em alguns momentos ou em muitos...
Acredito, de verdade, que a Ana quis nos incentivar a relaxar, a não cobrar tanto, a aceitar a condição humana naturalmente imperfeita. Poderia ter dito: "se faça de salame às vezes!" Só pra dar fôlego, uma "parada" antes de estufar o peito e seguir se comprometendo com a aplicação do conhecimento que vamos adquirindo ao longo da vida.
Sejamos pois, idiotas momentaneamente e estrategicamente...Só não dá pra acostumar! hehe.
Sem radicalismos, vejamos o que pode estar subentendido na boa intenção da loira.
O que é ser idiota?
Meu querido Tom Hanks, no inesquecível " Forret Gump - O contador de histórias" respondia aos que o questionavam sobre o significado da palavra idiota: "idiota é quem faz idiotices".
E os dicionários confirmam: "qualidade do que é ou de quem é idiota e/ou ação, procedimento ou dito de idiota ou de pessoa dada como idiota(Dicionário Houaiss). Ora! Se forem ver o termo "idiota" verão que nenhum idiota é capaz de consultar o dicionário!
Ufa! Me safei dessa...rsrs.
Ser idiota tem lá suas vantagens.
Afinal, lábia de sábio é instrumento de enrolação e pode se tornar uma "arma". Um qualquer Zé-ninguém, considerado idiota, não consegue subordinar o particular a uma lei geral que desvia a atenção do comum dos mortais da inexorável realidade como um magistrado o faz. Isso deve dar trabalho!
A sabedoria aumenta a responsabilidade, portanto, idiotas não podem ser culpados por suas idiotices porque são ignorantes. Como cobrar de alguém algo que essa desconhece?
E cá entre nós! Somos, na grande maioria, ignorantes para alguns assuntos ou muitos, em alguns momentos ou em muitos...
Acredito, de verdade, que a Ana quis nos incentivar a relaxar, a não cobrar tanto, a aceitar a condição humana naturalmente imperfeita. Poderia ter dito: "se faça de salame às vezes!" Só pra dar fôlego, uma "parada" antes de estufar o peito e seguir se comprometendo com a aplicação do conhecimento que vamos adquirindo ao longo da vida.
Sejamos pois, idiotas momentaneamente e estrategicamente...Só não dá pra acostumar! hehe.
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Fé x Esperança - Aplicando Filtros em Nietzsche.
Humildemente, venho aqui ousar. Sem medo de errar.
Assunto: Fé x Esperança - Aplicando Filtros em Nietzsche.
"A esperança vê o que não existe no presente. Existe só no futuro, na imaginação. A imaginação é o lugar onde as coisas que não existem, existem. Este é o mistério da alma humana: somos ajudados pelo que não existe. Quando temos esperança, o futuro se apossa dos nossos corpos. E dançamos. Quem é possuído pela esperança fica grávido de futuros."
(trecho de "Perguntaram-me se acredito em Deus" de Rubem Alves)
Existiu um homem que a vida toda ouviu a música do futuro. Muitos acharam que ele era louco e não entendiam o que ele falava. Só o entendiam aqueles que se alimentavam de esperança.
A mim pouco importa se ele era um míope e um fanático ideológico como os críticos o condenam. De fato, vale a sua profunda reflexão e despreendimento de valores pré-estabelecidos pela ordem religiosa.
E por falar em críticos...
A crítica é um dos pilares da evolução. Entretanto, alguns acabam depositando demasiada análise sobre a personalidade daqueles que contribuiram com sua sabedoria em algum momento da história da humanidade. Mais do que usar "filtro solar", como ensina Pedro Bial(hehe), façamos uso do "filtro conceitual", este, não menos importante para a saúde, mental.
Discordo de Albert Schweitzer quando diz:"Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros - é a única."
Caro Albert, depende pra quem, ou melhor, algumas pessoas não precisam de exemplo, palavras são suficientes.
Elas servem de inspiração àqueles que arriscam utilizar a tal "autonomia" ao inovar na maneira de agir.
Na minha opinião, toda a criatura “de nervos modernos, de inteligência sem cortinas, de sensibilidade acordada”, deve mudar de opinião, de certeza e de convicção, se levada pela força dos argumentos e pela interiorização saudável da lógica, antes mesmo de alguém lhe mostrar como isso funciona na prática.
O homem que ouvia a música do futuro se chamava Friedrich Nietzsche.
Toda essa volta que dei, serviu pra expressar minha admiração pelo conceito de "fé", citado nas obras desse grande filósofo.
Para Nietzsche, a fé é uma "fuga" onde deixamos nas mãos de Deus o nosso futuro. Uma certeza prepotente e ideal para o sitema ao qual interessa somar acomodados.
Me resta então, falar da esperança.
Ahhh, a esperança...
Esperança é desejar, humanamente, o melhor. Torcer pelo sucesso sem estar preso a nada e sem "passar a bola" da responsabilidade.
Aqueles que ouvem a melodia do futuro plantam árvores sob cuja sombra nunca se assentarão. Mas não importa. Eles se alegram imaginando que as crianças amarrarão balanços nos seus galhos.
Assunto: Fé x Esperança - Aplicando Filtros em Nietzsche.
"A esperança vê o que não existe no presente. Existe só no futuro, na imaginação. A imaginação é o lugar onde as coisas que não existem, existem. Este é o mistério da alma humana: somos ajudados pelo que não existe. Quando temos esperança, o futuro se apossa dos nossos corpos. E dançamos. Quem é possuído pela esperança fica grávido de futuros."
(trecho de "Perguntaram-me se acredito em Deus" de Rubem Alves)
Existiu um homem que a vida toda ouviu a música do futuro. Muitos acharam que ele era louco e não entendiam o que ele falava. Só o entendiam aqueles que se alimentavam de esperança.
A mim pouco importa se ele era um míope e um fanático ideológico como os críticos o condenam. De fato, vale a sua profunda reflexão e despreendimento de valores pré-estabelecidos pela ordem religiosa.
E por falar em críticos...
A crítica é um dos pilares da evolução. Entretanto, alguns acabam depositando demasiada análise sobre a personalidade daqueles que contribuiram com sua sabedoria em algum momento da história da humanidade. Mais do que usar "filtro solar", como ensina Pedro Bial(hehe), façamos uso do "filtro conceitual", este, não menos importante para a saúde, mental.
Discordo de Albert Schweitzer quando diz:"Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros - é a única."
Caro Albert, depende pra quem, ou melhor, algumas pessoas não precisam de exemplo, palavras são suficientes.
Elas servem de inspiração àqueles que arriscam utilizar a tal "autonomia" ao inovar na maneira de agir.
Na minha opinião, toda a criatura “de nervos modernos, de inteligência sem cortinas, de sensibilidade acordada”, deve mudar de opinião, de certeza e de convicção, se levada pela força dos argumentos e pela interiorização saudável da lógica, antes mesmo de alguém lhe mostrar como isso funciona na prática.
O homem que ouvia a música do futuro se chamava Friedrich Nietzsche.
Toda essa volta que dei, serviu pra expressar minha admiração pelo conceito de "fé", citado nas obras desse grande filósofo.
Para Nietzsche, a fé é uma "fuga" onde deixamos nas mãos de Deus o nosso futuro. Uma certeza prepotente e ideal para o sitema ao qual interessa somar acomodados.
Me resta então, falar da esperança.
Ahhh, a esperança...
Esperança é desejar, humanamente, o melhor. Torcer pelo sucesso sem estar preso a nada e sem "passar a bola" da responsabilidade.
Aqueles que ouvem a melodia do futuro plantam árvores sob cuja sombra nunca se assentarão. Mas não importa. Eles se alegram imaginando que as crianças amarrarão balanços nos seus galhos.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
É uma pena que pessoas especiais e raras em nos fazer sentir tão bem voem como as folhas no inverno. Porém, fico com a lembrança, obra de Rubem Alves, emocionante e inspiradora. Pra ler uma vez por diaaaa, 365 por ano!
"Os sinais eram inequívocos. Aquelas nuvens baixas, escuras... O vento que soprava desde a véspera, arrancando das árvores folhas amarelas e vermelhas. Não queriam partir... É, estava chegando o inverno. Deveria nevar. Viria então a tristeza, as árvores peladas, a vida recolhida para funduras mais quentes, os pássaros já ausentes, fugidos para outro clima, e aquele longo sono da natureza, bonito quando cai a primeira nevada, triste com o passar do tempo... Resolvi passear, para dizer adeus às plantas que se preparavam para dormir e fui, assim, andando, encontrando-as silenciosas e conformadas frente ao inevitável, o inverno que se aproximava. Qualquer queixa seria inútil, E foi então que eu me espantei ao ver um arbusto estranho. Se fosse um ser humano certamente o internariam num hospício, pois lhe faltava o senso da realidade, não sabia reconhecer os sinais do tempo. Lá estava ele, ignorando tudo, cheio de botões, alguns deles já abrindo, como se a primavera estivesse chegando. Não resisti, e me aproveitando de que não houvesse ninguém por perto, comecei a conversar com ele, e lhe perguntei se não percebia que o inverno estava chegando, que os seus botões seriam queimados pela neve naquela mesma tarde.
Argumentei sobre a inutilidade daquilo tudo, um gesto tão fraco que não faria diferença alguma. Dentro em breve tudo estaria morto... E ele me falou, naquela linguagem que só as plantas entendem, que o inverno de fora não lhe importava, o seu era um ritmo diferente, o ritmo das estações que havia dentro. Se era inverno do lado de fora, era primavera lá dentro dele, e seus botões eram um testemunho da teimosia da vida que se compraz mesmo em fazer o gesto inútil. As razões para isto? Puro prazer. Ah! Há tantas canções inúteis, fracas para entortar o cano das armas, para ressuscitar os mortos, para engravidar as virgens, mas não tem importância, elas continuam a ser cantadas pela alegria que contém... E há os gestos de amor, os nomes que se escrevem em troncos de árvores, preces silenciosas que ninguém escuta, corpos que se abraçam, árvores que se plantam para gerações futuras, lugares que ficam vazios, à espera do retorno, poemas inúteis que se escrevem para ouvidos que não podem mais ouvir - porque alguma coisa vai crescendo por dentro, um ritmo, uma esperança, um botão, - pela pura alegria, um gozo de amor. E me lembrei de um pôster que tenho no meu escritório, palavras de Alberto Camus: No meio do inverno eu finalmente aprendi que havia dentro de mim um verão invencível.
Agradeci àquele arbusto silencioso o seu gesto poético. Ah! Sim, quando os pássaros fugiam amedrontados eles levavam no seu vôo as marcas do inverno que se aproximava. Quando as árvores pintavam suas folhas de amarelo e vermelho, como se fossem ipês ou flamboaiãs, era o seu último grito, um protesto contra o adeus, aquilo que de mais bonito tinham escondido lá dentro, para que todos chorassem quando elas lhes fossem arrancadas. Sim, eles sabiam o que os aguardava. E os seus gestos tinham aquele ar de tristeza inútil ante o inevitável. Mas aquele arbusto teimoso vivia em um outro mundo, num outro tempo. E, a despeito do inverno, ele saudava uma primavera que haveria de chegar e que naquele momento só existia como um desejo louco. As outras plantas, eu as encontrei como nós, realistas e precavidas, inteligentes e cuidadosas. Já o arbusto tinha aquele ar de criança sonhadora, uma pitada de loucura em cada botão, um poema em cada flor. As outras, se fossem gente, construiriam casas que as protegessem do frio. Já o meu arbusto faria liturgias que anunciam o retorno da vida. Porque liturgia é isso: florescer pela manhã mesmo se for nevar pela tarde".
"Os sinais eram inequívocos. Aquelas nuvens baixas, escuras... O vento que soprava desde a véspera, arrancando das árvores folhas amarelas e vermelhas. Não queriam partir... É, estava chegando o inverno. Deveria nevar. Viria então a tristeza, as árvores peladas, a vida recolhida para funduras mais quentes, os pássaros já ausentes, fugidos para outro clima, e aquele longo sono da natureza, bonito quando cai a primeira nevada, triste com o passar do tempo... Resolvi passear, para dizer adeus às plantas que se preparavam para dormir e fui, assim, andando, encontrando-as silenciosas e conformadas frente ao inevitável, o inverno que se aproximava. Qualquer queixa seria inútil, E foi então que eu me espantei ao ver um arbusto estranho. Se fosse um ser humano certamente o internariam num hospício, pois lhe faltava o senso da realidade, não sabia reconhecer os sinais do tempo. Lá estava ele, ignorando tudo, cheio de botões, alguns deles já abrindo, como se a primavera estivesse chegando. Não resisti, e me aproveitando de que não houvesse ninguém por perto, comecei a conversar com ele, e lhe perguntei se não percebia que o inverno estava chegando, que os seus botões seriam queimados pela neve naquela mesma tarde.
Argumentei sobre a inutilidade daquilo tudo, um gesto tão fraco que não faria diferença alguma. Dentro em breve tudo estaria morto... E ele me falou, naquela linguagem que só as plantas entendem, que o inverno de fora não lhe importava, o seu era um ritmo diferente, o ritmo das estações que havia dentro. Se era inverno do lado de fora, era primavera lá dentro dele, e seus botões eram um testemunho da teimosia da vida que se compraz mesmo em fazer o gesto inútil. As razões para isto? Puro prazer. Ah! Há tantas canções inúteis, fracas para entortar o cano das armas, para ressuscitar os mortos, para engravidar as virgens, mas não tem importância, elas continuam a ser cantadas pela alegria que contém... E há os gestos de amor, os nomes que se escrevem em troncos de árvores, preces silenciosas que ninguém escuta, corpos que se abraçam, árvores que se plantam para gerações futuras, lugares que ficam vazios, à espera do retorno, poemas inúteis que se escrevem para ouvidos que não podem mais ouvir - porque alguma coisa vai crescendo por dentro, um ritmo, uma esperança, um botão, - pela pura alegria, um gozo de amor. E me lembrei de um pôster que tenho no meu escritório, palavras de Alberto Camus: No meio do inverno eu finalmente aprendi que havia dentro de mim um verão invencível.
Agradeci àquele arbusto silencioso o seu gesto poético. Ah! Sim, quando os pássaros fugiam amedrontados eles levavam no seu vôo as marcas do inverno que se aproximava. Quando as árvores pintavam suas folhas de amarelo e vermelho, como se fossem ipês ou flamboaiãs, era o seu último grito, um protesto contra o adeus, aquilo que de mais bonito tinham escondido lá dentro, para que todos chorassem quando elas lhes fossem arrancadas. Sim, eles sabiam o que os aguardava. E os seus gestos tinham aquele ar de tristeza inútil ante o inevitável. Mas aquele arbusto teimoso vivia em um outro mundo, num outro tempo. E, a despeito do inverno, ele saudava uma primavera que haveria de chegar e que naquele momento só existia como um desejo louco. As outras plantas, eu as encontrei como nós, realistas e precavidas, inteligentes e cuidadosas. Já o arbusto tinha aquele ar de criança sonhadora, uma pitada de loucura em cada botão, um poema em cada flor. As outras, se fossem gente, construiriam casas que as protegessem do frio. Já o meu arbusto faria liturgias que anunciam o retorno da vida. Porque liturgia é isso: florescer pela manhã mesmo se for nevar pela tarde".
Nasci aqui as 17h36min do dia 25 de junho de 2008.
Esse é meu primeiro registro.
Será de caráter introdutório, somente para iniciar esta página particular.
Espero, daqui há algum tempo, achar esse início ridículo e pobre, já que o exercício intelectual e filosófico que o tempo proporciona aqueles que apreciam a busca pela sabedoria, pode ser, cúmplice do progresso.
Que se perca a seriedade, a preocupação pelo acerto constante.
Errar é o que pretendo, ou, pelo menos duvidar da existência de uma verdade absoluta.
Pretendo ser inconstante também, por acreditar que fazemos descobertas incríveis se aceitarmos a não-inércia.
Penso em utilizar esse espaço como um diário de reflexões acerca dos temas que considerar interessante. Sem com isso, me preocupar com fundamentações teóricas radicais ou erros de português ocasionais. Não estou interessada em criar teorias ou levantar bandeira para alguma causa, apenas desejo me comunicar, externando dúvidas, percepções e questionamentos sobre a vida.
Esse é meu primeiro registro.
Será de caráter introdutório, somente para iniciar esta página particular.
Espero, daqui há algum tempo, achar esse início ridículo e pobre, já que o exercício intelectual e filosófico que o tempo proporciona aqueles que apreciam a busca pela sabedoria, pode ser, cúmplice do progresso.
Que se perca a seriedade, a preocupação pelo acerto constante.
Errar é o que pretendo, ou, pelo menos duvidar da existência de uma verdade absoluta.
Pretendo ser inconstante também, por acreditar que fazemos descobertas incríveis se aceitarmos a não-inércia.
Penso em utilizar esse espaço como um diário de reflexões acerca dos temas que considerar interessante. Sem com isso, me preocupar com fundamentações teóricas radicais ou erros de português ocasionais. Não estou interessada em criar teorias ou levantar bandeira para alguma causa, apenas desejo me comunicar, externando dúvidas, percepções e questionamentos sobre a vida.
Assinar:
Comentários (Atom)






