quarta-feira, 30 de julho de 2008

Fé x Esperança - Aplicando Filtros em Nietzsche.

Humildemente, venho aqui ousar. Sem medo de errar.

Assunto: Fé x Esperança - Aplicando Filtros em Nietzsche.

"A esperança vê o que não existe no presente. Existe só no futuro, na imaginação. A imaginação é o lugar onde as coisas que não existem, existem. Este é o mistério da alma humana: somos ajudados pelo que não existe. Quando temos esperança, o futuro se apossa dos nossos corpos. E dançamos. Quem é possuído pela esperança fica grávido de futuros."
(trecho de "Perguntaram-me se acredito em Deus" de Rubem Alves)

Existiu um homem que a vida toda ouviu a música do futuro. Muitos acharam que ele era louco e não entendiam o que ele falava. Só o entendiam aqueles que se alimentavam de esperança.
A mim pouco importa se ele era um míope e um fanático ideológico como os críticos o condenam. De fato, vale a sua profunda reflexão e despreendimento de valores pré-estabelecidos pela ordem religiosa.

E por falar em críticos...

A crítica é um dos pilares da evolução. Entretanto, alguns acabam depositando demasiada análise sobre a personalidade daqueles que contribuiram com sua sabedoria em algum momento da história da humanidade. Mais do que usar "filtro solar", como ensina Pedro Bial(hehe), façamos uso do "filtro conceitual", este, não menos importante para a saúde, mental.

Discordo de Albert Schweitzer quando diz:"Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros - é a única."
Caro Albert, depende pra quem, ou melhor, algumas pessoas não precisam de exemplo, palavras são suficientes.
Elas servem de inspiração àqueles que arriscam utilizar a tal "autonomia" ao inovar na maneira de agir.
Na minha opinião, toda a criatura “de nervos modernos, de inteligência sem cortinas, de sensibilidade acordada”, deve mudar de opinião, de certeza e de convicção, se levada pela força dos argumentos e pela interiorização saudável da lógica, antes mesmo de alguém lhe mostrar como isso funciona na prática.

O homem que ouvia a música do futuro se chamava Friedrich Nietzsche.

Toda essa volta que dei, serviu pra expressar minha admiração pelo conceito de "fé", citado nas obras desse grande filósofo.

Para Nietzsche, a fé é uma "fuga" onde deixamos nas mãos de Deus o nosso futuro. Uma certeza prepotente e ideal para o sitema ao qual interessa somar acomodados.

Me resta então, falar da esperança.

Ahhh, a esperança...

Esperança é desejar, humanamente, o melhor. Torcer pelo sucesso sem estar preso a nada e sem "passar a bola" da responsabilidade.


Aqueles que ouvem a melodia do futuro plantam árvores sob cuja sombra nunca se assentarão. Mas não importa. Eles se alegram imaginando que as crianças amarrarão balanços nos seus galhos.

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