quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Em filas...de iguais ou diferentes?





Quarta-feira, 15 de outubro de 2008, no percurso para o trabalho a música urbana: saltos de sapatos na calçada, chuva nas calhas, pneus espalhando a água das poças, buzinas protestando contra semáforos demorados em cruzamentos mal projetados.

Gente que corre para o trabalho, gente que corre em busca de trabalho, gente que foge do trabalho; gente que corre para a consulta médica, gente que corre para não precisar de médico; gente que corre pra vender, gente que corre pra comprar.
Todos desafiando o tempo por conta de uma igualdade e de uma diferença que almejam representar.

Uma correria constante contra o tempo e a favor das filas: do trânsito, do crediário, do posto de saúde, da padaria, do banco, do estacionamento...


Que nome daremos a essa música?

Retrato do capitalismo que consome o cidadão? Ou retrato do cidadão que consome o capitalismo? Quem sabe: retrato do consumo que capitaliza o cidadão?

Integram a banda: o tempo na bateria, o comportamento no teclado, os valores na guitarra e no contra-baixo. Vocalista: a humanidade.

O produtor da banda é o Progresso. Até onde ele quer chegar?

“Com a valorização do sujeito, ele se sente mais pertencente ao seu lugar, sua cidade. Não nascemos cidadãos, nos tornamos. E a cidadania manifesta-se diretamente no comportamento”, (disse o ex-prefeito de Bogotá e diretor da Corporação Visionários pela Colômbia, Antanas Mockus).

O que falta é um sistema que ensine a responsabilidade de cada um e que se comprometa a punir a desordem. Sistema de iguais e diferentes. Contraditório...
Misturei muitas coisas aqui... :-P
Alguém arrisca afirmar que elas não estão direta ou indiretamente interligadas?

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