SerenidadeA formação do sereno é muito comum nas noites de tempo tranquilo e calmo, quando a temperatura baixa do solo afeta o ar, fazendo o vapor atingir o ponto de saturação.É um fenômeno vinculado à capacidade do ar para incorporar e reter vapor de água. Sereno lembra orvalho. Esse, por sua vez, forma-se nas noites claras, porque nelas as superfícies descobertas irradiam calor para a atmosfera.
Serenidade retratada em paisagem, materializada como fenômeno da natureza, traduzida em poesia.
Na prática: tranquilidade de existir, não se entregar à aflição.
Aristóteles em "Ética a Nicómaco" afirma que qualquer um pode zangar-se, pois isso é muito simples. Mas zangar-se com a pessoa adequada, no grau exato, no momento oportuno, com o propósito justo e de modo correto, isso, não é tão fácil.
Reinhold Niebuhr, em uma das muitas versões da célebre reflexão citada a seguir, chama de Serenidade a aceitação das coisas que não podemos modificar, o encorajamento para modificar aquelas que podemos e a habilidade de distinguir umas das outras.
Reparem que não é fácil tematizar uma virtude sem envolver outras, de modo que as relações estabelecidas entre elas é que contextualizam suas aplicações. É difícil ordenar por importância ou por qualquer outra característica, já que tratam-se de interpretações abstratas fortemente interligadas onde conceituar implicaria "limitar" a situação a uma visão segmentada de um todo mais "rico" do que a soma das partes(a teoria gestáltica que o diga!). Isso é facilmente notável nas obras dos ilustres filósofos que contribuíram com suas reflexões à humanidade. A filosofia é racional, porém, seu percurso parte da abstração. Então, quem sou eu para tentar essa façanha(determinar uma ordem) num discreto irrelevante blog pessoal? Contudo, é possível considerar a virtude em destaque um componente do paradigma social contido "na personalidade humana" como facilitador do progresso evolutivo inter e intrapessoal dos indivíduos.
Schopenhauer diz que nada que não seja a serenidade pode substituir com segurança e abundância outro bem. Se alguém quiser julgar a felicidade de um indivíduo rico, jovem, belo e honrado, que se pergunte se também é sereno; do contrário, se é sereno, resulta indiferente que seja jovem ou velho, pobre ou rico: é feliz. Sendo assim, devemos abrir todas as portas à serenidade sempre que ela chegar, pois ela nunca é inoportuna. Muitas vezes, porém, hesitamos em deixá-la entrar, pois primeiro queremos nos perguntar se realmente temos motivos para ser serenos, ou se a serenidade não nos abstrairia das nossas reflexões sérias e preocupações graves. Mas, enquanto as vantagens que estas, nos proporcionam são incertas, a serenidade é o ganho mais seguro, e, visto que vale apenas para o presente, ela representa o bem supremo para os seres cuja realidade tem a forma de um presente indivisível, situados entre dois tempos infinitos. Se a serenidade é o bem que pode substituir todos os outros, mas que, por sua vez, não pode ser substituído por nenhum outro, deveríamos antepor a aquisição desse bem a qualquer outra aspiração.
Pequenos desafios são superados; irritação que se faz controlada; desafios emocionais corrigidos; vontade bem direcionada; ambição freada, são experiências para a aquisição da serenidade. A serenidade harmoniza, exteriorizando-se de forma agradável para os circunstantes. Inspira confiança, acalma e propõe afeição. Diante de quem engana, traindo sua confiança, seu ideal, ou envolvendo em confusões, o ideal é manter-se sereno.O enganador é quem deve estar inquieto.
Divaldo P. Franco, inspirado por Joanna de Ângelis, vem fechar com chave de ouro a primeira parte do "tratado das virtudes": "todo homem sábio é sereno e já venceu grande parte da luta porque sabe exatamente o que deseja da vida".
Serenidade retratada em paisagem, materializada como fenômeno da natureza, traduzida em poesia.
Na prática: tranquilidade de existir, não se entregar à aflição.
Aristóteles em "Ética a Nicómaco" afirma que qualquer um pode zangar-se, pois isso é muito simples. Mas zangar-se com a pessoa adequada, no grau exato, no momento oportuno, com o propósito justo e de modo correto, isso, não é tão fácil.
Reinhold Niebuhr, em uma das muitas versões da célebre reflexão citada a seguir, chama de Serenidade a aceitação das coisas que não podemos modificar, o encorajamento para modificar aquelas que podemos e a habilidade de distinguir umas das outras.
Reparem que não é fácil tematizar uma virtude sem envolver outras, de modo que as relações estabelecidas entre elas é que contextualizam suas aplicações. É difícil ordenar por importância ou por qualquer outra característica, já que tratam-se de interpretações abstratas fortemente interligadas onde conceituar implicaria "limitar" a situação a uma visão segmentada de um todo mais "rico" do que a soma das partes(a teoria gestáltica que o diga!). Isso é facilmente notável nas obras dos ilustres filósofos que contribuíram com suas reflexões à humanidade. A filosofia é racional, porém, seu percurso parte da abstração. Então, quem sou eu para tentar essa façanha(determinar uma ordem) num discreto irrelevante blog pessoal? Contudo, é possível considerar a virtude em destaque um componente do paradigma social contido "na personalidade humana" como facilitador do progresso evolutivo inter e intrapessoal dos indivíduos.
Schopenhauer diz que nada que não seja a serenidade pode substituir com segurança e abundância outro bem. Se alguém quiser julgar a felicidade de um indivíduo rico, jovem, belo e honrado, que se pergunte se também é sereno; do contrário, se é sereno, resulta indiferente que seja jovem ou velho, pobre ou rico: é feliz. Sendo assim, devemos abrir todas as portas à serenidade sempre que ela chegar, pois ela nunca é inoportuna. Muitas vezes, porém, hesitamos em deixá-la entrar, pois primeiro queremos nos perguntar se realmente temos motivos para ser serenos, ou se a serenidade não nos abstrairia das nossas reflexões sérias e preocupações graves. Mas, enquanto as vantagens que estas, nos proporcionam são incertas, a serenidade é o ganho mais seguro, e, visto que vale apenas para o presente, ela representa o bem supremo para os seres cuja realidade tem a forma de um presente indivisível, situados entre dois tempos infinitos. Se a serenidade é o bem que pode substituir todos os outros, mas que, por sua vez, não pode ser substituído por nenhum outro, deveríamos antepor a aquisição desse bem a qualquer outra aspiração.
Pequenos desafios são superados; irritação que se faz controlada; desafios emocionais corrigidos; vontade bem direcionada; ambição freada, são experiências para a aquisição da serenidade. A serenidade harmoniza, exteriorizando-se de forma agradável para os circunstantes. Inspira confiança, acalma e propõe afeição. Diante de quem engana, traindo sua confiança, seu ideal, ou envolvendo em confusões, o ideal é manter-se sereno.O enganador é quem deve estar inquieto.
Divaldo P. Franco, inspirado por Joanna de Ângelis, vem fechar com chave de ouro a primeira parte do "tratado das virtudes": "todo homem sábio é sereno e já venceu grande parte da luta porque sabe exatamente o que deseja da vida".
É, confesso que aprendi mais durante esse texto do que com uns 10 livros que já li... sem contar que ainda estou longe de ser uma pessoa serena... mas tudo bem, a vida é um aprendizado, essa é a minha próxima lição. Boa semana!!
ResponderExcluirBj.
A grande lição de todos nós. Difícil é perceber a diferença entre ser sereno ou apático. Entre essas duas opções fico com a inquietude[:-P]...traço forte e comum em se tratando de Cris e de alguém que prestigia um blog inquieto: O Tony! Excelente semana! Bjo.
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