
O Encantamento
Pois bem, o bom filho à casa REtorna.
Após algumas vírgulas, eis que o tratado recebe continuidade. Se alguém acompanha este blog semi-organizado em partes distantes perceberá que existe sim uma conexão discreta que torna todas as postagens registros de uma travessia atenta, apesar das travessuras que a desalinham.
Essa casa, um imóvel de sete cômodos(as sete virtudes), interligados por um corredor estreito, representa a missão com a qual me comprometi: refletir transformando em palavras, mudas e em estado de dicionário, as percepções retiradas da concentração no espaço em que interajo, sabendo ser tudo possível e nada definitivo.
Contemplar palavras é motivo de satisfação pessoal onde as sete virtudes são apresentadas uma a uma até que possam concluir o tratado como quem pensa terminar a construção do cenário para o roteiro do caos diário, componente fundamental da dimensão (a)temporal que chamamos de vida, mas que reconhece as constantes e necessárias mudanças na decoração, as reformas e retoques que deverão acontecer permanentemente, sem data fim. Contudo, aqui o limite é relato em forma de pensamentos formalizados que nascem de uma interpretação limitada e limitante.
O encanto está em acreditar que esta casa é um LAR...
Então...
Abrindo a porta do sexto cômodo, um sorriso e um suspiro. Fiquei encantada... Encantamento é a reação do ser humano, criada em função de um estímulo externo qualquer que provoca a sensação de interesse intenso, colocando aquele que estiver sobre esse efeito uma espécie de êxtase de embevecimento relacionado ao que é bom, agradável ou maravilhoso. O estímulo é externo, porém, sem a interação com a riqueza da alma não passa de fato.
Fascinação, magnetismo no modo de relacionar-se com a realidade de um mundo de empatia aleatória. Mais do que a beleza e a inteligência, falo de um encanto que não impressiona apenas pelas formas visíveis, mas pelo mérito que contagia o coração. Willian Shakespeare em “A Comédia dos Erros” disse que a mais bela jóia, sem uso, perde o encanto. Quem sabe não será porque ela não trocou o brilho inercial inicial pelas histórias que testemunharia ao se aventurar em exposição num pescoço, num dedo, num punho de uma mulher? Seria uma troca “justa”não? Encantamento não seria uma carta branca à comoção? Emoção reagente com doçura e ferocidade irradiando paz e luta?
Talvez o encanto esteja não nas paisagens, nas pessoas, nos acontecimentos, mas sim nos olhos e sentidos daquele que as vêem, presenciam, sentem. É inevitável que encontremos em algum ponto o nosso destino indesejado e temido, ponto onde a consciência nos encara nos olhos com a firmeza de um juiz que sereno e perverso nos “acorda” para o desespero do fim, do desconhecido: a morte.
Encantar-se então é ser ingênuo ao ponto de esquecer da existência dessa e de tantas outras dores por alguns mágicos momentos.
Como presenciar um pôr-do-sol de um domingo encantador sob melodia e letra em música encantadora e se não bastasse, em companhia que mais parece um sonho encantado. Um dicionário inteiro não seria capaz de traduzir...o encanto.
Quanto mais parâmetros absolutos colecionamos, menos encantamento nos permitiremos.
Posso perder tudo:as palavras, a voz e até a esperança...mas se ainda assim possuir a capacidade de me encantar, serei parte de um todo sublime imensurável onde a magnitude é se perder na emoção, simplesmente...até e justamente sem razão.
Pois bem, o bom filho à casa REtorna.
Após algumas vírgulas, eis que o tratado recebe continuidade. Se alguém acompanha este blog semi-organizado em partes distantes perceberá que existe sim uma conexão discreta que torna todas as postagens registros de uma travessia atenta, apesar das travessuras que a desalinham.
Essa casa, um imóvel de sete cômodos(as sete virtudes), interligados por um corredor estreito, representa a missão com a qual me comprometi: refletir transformando em palavras, mudas e em estado de dicionário, as percepções retiradas da concentração no espaço em que interajo, sabendo ser tudo possível e nada definitivo.
Contemplar palavras é motivo de satisfação pessoal onde as sete virtudes são apresentadas uma a uma até que possam concluir o tratado como quem pensa terminar a construção do cenário para o roteiro do caos diário, componente fundamental da dimensão (a)temporal que chamamos de vida, mas que reconhece as constantes e necessárias mudanças na decoração, as reformas e retoques que deverão acontecer permanentemente, sem data fim. Contudo, aqui o limite é relato em forma de pensamentos formalizados que nascem de uma interpretação limitada e limitante.
O encanto está em acreditar que esta casa é um LAR...
Então...
Abrindo a porta do sexto cômodo, um sorriso e um suspiro. Fiquei encantada... Encantamento é a reação do ser humano, criada em função de um estímulo externo qualquer que provoca a sensação de interesse intenso, colocando aquele que estiver sobre esse efeito uma espécie de êxtase de embevecimento relacionado ao que é bom, agradável ou maravilhoso. O estímulo é externo, porém, sem a interação com a riqueza da alma não passa de fato.
Fascinação, magnetismo no modo de relacionar-se com a realidade de um mundo de empatia aleatória. Mais do que a beleza e a inteligência, falo de um encanto que não impressiona apenas pelas formas visíveis, mas pelo mérito que contagia o coração. Willian Shakespeare em “A Comédia dos Erros” disse que a mais bela jóia, sem uso, perde o encanto. Quem sabe não será porque ela não trocou o brilho inercial inicial pelas histórias que testemunharia ao se aventurar em exposição num pescoço, num dedo, num punho de uma mulher? Seria uma troca “justa”não? Encantamento não seria uma carta branca à comoção? Emoção reagente com doçura e ferocidade irradiando paz e luta?
Talvez o encanto esteja não nas paisagens, nas pessoas, nos acontecimentos, mas sim nos olhos e sentidos daquele que as vêem, presenciam, sentem. É inevitável que encontremos em algum ponto o nosso destino indesejado e temido, ponto onde a consciência nos encara nos olhos com a firmeza de um juiz que sereno e perverso nos “acorda” para o desespero do fim, do desconhecido: a morte.
Encantar-se então é ser ingênuo ao ponto de esquecer da existência dessa e de tantas outras dores por alguns mágicos momentos.
Como presenciar um pôr-do-sol de um domingo encantador sob melodia e letra em música encantadora e se não bastasse, em companhia que mais parece um sonho encantado. Um dicionário inteiro não seria capaz de traduzir...o encanto.
Quanto mais parâmetros absolutos colecionamos, menos encantamento nos permitiremos.
Posso perder tudo:as palavras, a voz e até a esperança...mas se ainda assim possuir a capacidade de me encantar, serei parte de um todo sublime imensurável onde a magnitude é se perder na emoção, simplesmente...até e justamente sem razão.
Podes mensurar o tempo necessário para que o vazio se torne cheio? Se puderes, então terás idéia de quão rápido o encanto pode agir...libertar-se de correntes passadas por si só é perseverança, mas proporcionar uma realidade onde tais correntes se tornam inúteis para outra pessoa...bem...isso sim é motivo de encanto.
ResponderExcluir=)
Eis que retorno hoje a realidade virtual (férias e internet não combinavam...), não pude dispensar uma visita a este espaço que por diversas vezes me fez pensar, delirar e quem sabe até, parcialmente, enlouquecer. Um longo e complexo texto pode ser as vezes tão simples quão indecifrável, bem como o silêncio. Encantamento... Talvez nada seja tão profundo, injustificado, cíclico e fomentador de decisões quanto esse sentimento. Me parece haver até uma questõ etimologica interessante envolvida na palavra... Encantar possui, dessa forma, uma representação mistica. Encantar/enfeitiçar. Em japonês pode ser escrito com os ideogramas de demônio e lei... rsrs... Como disse, não há parâmetro absoluto... É como um feitiço que jogam na gente... rsrs... Peço desculpas pelo péssimo texto, mas é o que o tempo me permitiu, mesmo contrariando minha filosofia do...
ResponderExcluir"Quando alguém escreve uma carta, deve considerar que o destinatário poderá pendurá-la com um enfeito"
Felicidades!
Fabiano! Péssimo? Que isso?! Valioso acréscimo: carta como enfeite...Eis que o seu cometário está pendurado(publicado) e emoldurado a enfeitar este inquieto blog. Obrigada!
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