domingo, 8 de março de 2009

Há momentos em que as palavras não passam de meros ruídos inúteis
ou registros de um pensamento aprisionado que solta as correntes mas esbarra no portão cadeado.
...
A fuga nada mais é do que a busca.
Onde ela está? Nos sonhos? Nas realidades? Dentro de cada um?
...felicidade: a chamam assim...
...de ser feliz quem entende?
...
Venho somente para evitar páginas em branco, espaços vazios,
deixar que habite a reflexão,
impere a dúvida, a surpresa,
o sim, o não
... mas continuo a não entender nada de felicidade.
Talvez porque ela seja exatamente isto: um nada que recebeu um nome que virou motivo de obstinação.
...
No meu tudo,
me nego a ser cega de olhos abertos,
ser levada de arrasto é o que não pretendo.
Não me preocupo em seguir sem deixar vestígios.
Enquanto tiver sangue quente em minhas veias
esquecerei do fim pra que exista sempre um começo,
uma busca atenta à paisagem daqui a dois passos, daqui a algumas curvas.
assim livre,
sem compromisso,
sem pressa,
sem volta,
de pés descalços e alma nua
prossigo acordando motivos e me reinventando para sempre e mais
então...


vou chamar isso de felicidade.
(Cerqueira, Cris)




Um comentário:

  1. "Não me preocupo em seguir sem deixar vestígios."
    Cuidado...podes fazer isso sem ter intenção nenhuma ;)
    Já virei teu seguidor...talvez já fosse, só me faltava apresentação formal.
    Bjs keep going

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