sábado, 15 de novembro de 2008

Sou um pedaço de tudo...
Um inteiro no infinito;
O pirulito colorido e a goma ácida da laranja
verde;
A luz da lanterna no escuro e o tom desbotado, causado pelo Sol, na camisa velha;
A música de melodia suave e o som de um temporal que se aproxima;
As mãos de uma dançarina de flamenco e os pés de uma bailarina;
O choro, a lágrima, a gargalhada e o riso;
Tudo numa harmonia desequilibrada...
Desinteressada nos porquês...
Vivendo apenas o quê
Tudo em pedaços inteiros.

Eu

Tradução: The Story

Interessante melodia, letra também.
Vale colocar aqui.

Composição: Brandi Carlile

Essas Histórias

Todas essas linhas que contornam minha face.
Contam a história de quem eu sou.
Tantas histórias sobre onde eu estive.
E como eu cheguei onde estou.
Mas essas histórias não significam nada.
Quando você não tem ninguém para quem contá-las.
É verdade... Eu fui feita para você.
Eu escalei os topos das montanhas
Nadei através de todo o oceano azul
Atravessei todas as linhas e quebrei todas as regras
Mas querido, eu as quebrei todas por você
Porque mesmo quando eu estava destroçada
Você me fez sentir como um milhão de dolares
Você faz ,eu fui feita para você.
Você vê o sorriso que está na minha boca
Ele está escondendo as palavras que não saem.
E todos os meus amigos que me acham abençoada.
Eles não sabem que minha cabeça é uma confusão.
Não, eles não sabem quem eu sou de verdade.
E eles não sabem aquilo por que eu passei como você sabe.
E eu fui feita para você.
Todas essas linhas que contornam minha face.
Contam a história de quem eu sou.
Tantas histórias sobre onde eu estive.
E como eu cheguei onde estou.
Mas essas histórias não significam nada.
Quando você não tem ninguém para quem contá-las.
É verdade... Eu fui feita para você.

domingo, 2 de novembro de 2008

Quarta de 7

Variância...

A virtude dos desviantes.

Roubei um termo utilizado na matemática para descrever uma virtude contextualizada sob as incertezas da vida.
Alguns a chamariam de flexibilidade, o que simplificaria toda essa "viagem" em que analiso a consciência individual e coletiva da diferença. Justamente porque pretendo ir além do conceito de flexibilidade que utilizo o termo Variância.

O caráter personalizado deste espaço virtual me confere a liberdade de arriscar reflexões livres que surgem de uma imaginação estimulada pelas percepções de um mundo inter e intrapessoal que é moldado e molda o sentido dado à existência com o passar do tempo e das experiências vivenciadas.
Na teoria da probabilidade e na estatística, a variância de uma variável aleatória é uma medida da sua dispersão estatística, indicando quão longe em geral os seus valores se encontram do valor esperado. Por essas e por outras que eu adoro português, filosofia, psicologia!!(rsrs) Transporto o sentido conceitual da palavra em questão das exatas para uma virtude humana neste tratado, podendo causar a impressão de que quero inventar moda, como se nada de mais importante tivesse pra fazer. Todavia, me apoio em ideais transdisciplinares em que nossa exploração evolui para o abandono da fragmentação das áreas do conhecimento onde retornamos ao ponto de origem juntando tudo que separamos ao longo da caminhada evolutiva. O que me motiva a escrever sobre a "variância" é a dúvida quanto ao nome que podemos dar àquela postura admirável que algumas pessoas demonstram manter mesmo sendo "moldadas" para se adaptar a um sistema social somado à imprevisibilidade do próprio destino.
É admirável reconhecer em alguém essa disponibilidade de aceitação consciente da inconstância.
Perceber que é natural ressaltar os aspectos positivos de um resultado não esperado, ou melhor, nem mesmo esperar por um resultado, mas sim focar-se no processo de mudança.
Considerar o improvável, o novo, ou seja, se despreender da projeção pré-determinada atuante ou resultante de uma ação comportamental poderia, dentro desse tratado, ser considerada uma virtude.

Tronca, em Trandisciplinaridade em Edgar Morin, afirma que a dialógica cultural supõe multiplas idéias, informações, opiniões, teorias em intercâmbio contínuo. compreende também concorrência, antagonismo e conflito. Esses conflitos necessitam ser controlados por uma regra que evite excessos. Em uma sociedade muito complexa, isto é, policultural, quando um mesmo indivíduo experimenta inúmeras influências(familiar, política, religiosa, étnica), estabelece-se dentro do próprio indivíduo a diologicidade.

Variância lembra desvio e possibilidades.

Absorver, trocar, participar, selecionar sem nunca se tornar escravo de nenhuma convenção ou roteiro inflexível. Não ficar estagnado em determinações anteriores. Não perseguir o horizonte, construir o horizonte.
Ter prazer na mudança mesmo que ela não seja a fórmula da maioria.
Há sempre uma minoria de desviantes. Essa minoria existe e sempre existiu. É possível que justamente esses desviantes inspirem novos caminhos.
Deixar de ser mecânico pra ser experiência.

A concepção determinista mecaniscista é incapaz de conceber a destruição da invariância; no entanto, é imprescindível a aceitação da ideia de que uma cultura possa produzir aquilo que a arruinará.

Todo o conhecimento é tradução e reconstrução. Se nosso objetivo é o conhecimento, então é preciso libertar-mo-nos.

Caminhante não há caminho, o caminho faz-se ao caminhar.(Antônio Machado)